Voluntários da Defesa Civil patrulhense apoiam comunidade de Cruzeiro do Sul

Durante todo o final de semana, voluntários da Defesa Civil de Santo Antônio da Patrulha, jipeiros e profissionais da Saúde, estiveram no município de Cruzeiro do Sul, um dos mais devastados pelas enchentes que assolaram o estado na última semana. Entre eles, estava o vice-prefeito Marcelo Gaúcho que tem se mostrado muito solícito sempre que é necessário sua participação para diminuir o sofrimento de quem é atingido por uma catástrofe.
O grupo levou doações para a cidade, recolhidas em Santo Antônio, de alimentos e de materiais de limpeza e higiene. Ainda foram disponibilizados três jipes, que possibilitaram o socorro de pessoas ilhadas em lugares remotos da cidade. As doações foram acondicionadas em um caminhão-baú da empresa de erva mate Sabatin.
A Defesa Civil também contribuiu com a organização de demandas, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos em outros eventos climáticos. A área da saúde foi um dos focos da atuação dos patrulhenses em Cruzeiro do Sul, levando médicos, enfermeiros e psicólogo para as regiões de acesso mais difícil.
RECEPÇÃO
Ouvido pela reportagem da FOLHA PATRULHENSE o vice-prefeito Marcelo Gaúcho assim se manifestou:
“Fomos recebidos com um carinho enorme de toda a comunidade. Desde a hora que chegamos fomos atendidos com respeito, gratidão e admiração por quem ali estava, pois fomos para ajudar, para fazer o bem a quem mais precisava no momento!”, disse Marcelo que atuou junto à comunidade de Cruzeiro do Sul, onde disse ter sentido a hospitalidade, mesmo estando a população em luto pela tragédia ocorrida e que por isso estava agradecendo pela receptividade atribuída aos patrulhenses que se uniram para levar um pouco de conforto, tanto material, como espiritual.
PESSOAS DESORIENTADAS
Falando sobre a visão da tragédia que teve ao chegar à região, Marcelo Gaúcho disse que sobre tudo que foi visto por lá, “em um primeiro momento, as pessoas estavam sem orientação, sem saber que atitudes tomar por falta de equipamentos para chegar nos lugares que ainda não havia chegado ajuda, mas todos muitos unidos e preocupados uns com os outros. O cenário era desolador, se para nós, de fora, que não conhecíamos as cidades, já era desesperador o estado que ficou, imagina para eles, cidade que moraram desde sempre, muitas histórias destruídas, famílias sem estrutura nenhuma para recomeçar. O que vivemos foram cenas de filme, que jamais queremos rever”.
TRISTEZA E SOLIDARIEDADE
“A situação em toda aquela região é muito triste. Depois de toda a solidariedade que recebemos quando Santo Antônio e Caraá foram vítimas do ciclone de junho, achamos que precisávamos retribuir e escolhemos Cruzeiro do Sul como o local para isso. A tragédia em algumas cidades tem sido muito noticiada mas, mesmo tendo sofrido muitos danos, não houve muita atenção ao município. Por isso, decidimos ir até lá para ajudar em tudo que fosse possível”, relatou Gaúcho.
DISTRIBUIÇÃO DAS DOAÇÕES
“Quanto à distribuição das doações, eles estão muito organizados” – afirma o vice-prefeito para prosseguir: “Eles estavam separando o que recebiam em lugares diferentes, alimentos, higiene, limpeza e roupas. Assim, facilitando muito o acesso e direcionando de uma forma rápida a coleta para entregas”.
“O que trouxemos conosco, é gratidão por podermos ajudar, por todas as amizades feitas, carinho recebido. De mais, é sentimento de impotência por não poder fazer ainda mais por tanta perda, desde familiares até estrutura básica de recomeço. Lembrem que todos nós podemos em algum momento estar em qualquer lado da história, sendo assim sempre será um problema de todos e juntos poderemos vencer qualquer situação que encontrarmos”, concluiu Marcelo Gaúcho.
ENFERMEIRA DÁ SEU DEPOIMENTO
A enfermeira Evelize Paim assim se manifestou para o grupo patrulhense a respeito da tragédia que viu ante seus olhos:
“Catástrofe. Perdas. Luto. Ninguém está preparado para enfrentá-los seja em que circunstância for. A participação dos voluntários da Defesa Civil Santo Antônio da Patrulha e os demais foi crucial no momento em que precisávamos atender as pessoas que ainda não haviam tido qualquer auxílio por falta de transporte adequado para chegar em lugares ainda alagados. Em meio ao caos e juntando os nossos cacos emocionais fomos levados em berço esplêndido pelos voluntários patrulhenses. A minha referência e menção também é vinculada ao apoio psicológico e imensamente generoso para conosco profissionais de saúde, voluntários e cruzeirenses assistidos por estes seres comprometidos em ajudar. Aqui fica meu imenso obrigada. Obrigada por cada vida salva, cada abraço, da frase acalentadora, cada conversa encontro de almas. Neste momento somos um povo só.”
Como se pode constatar neste depoimento, a emoção está presente na mensagem final de uma mulher acostumada às cenas trágicas, muitas vezes assistida no socorro a quem depende até mesmo de um sorriso que represente alento para uma vida que definha aos poucos.

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