Serviços da Prefeitura seguem afetados pela “limpeza” de fios feita pela RGE

Desde que a RGE, a pretexto de cumprir decisão da Justiça de Gravataí, que determinou “o alinhamento e manutenção nos cabos caídos ou desalinhados em todos os logradouros informados”, cortou, por volta das 17h do feriado do dia 15, cabos de internet que atendem os serviços públicos municipais, a Prefeitura seguia nesta quarta-feira à tarde com pontos sem conexão de internet e telefone, já que os sistemas são integrados: Viemsa, Unidade Regional Especializada em Saúde do Trabalhador (Urest), Gabinete do Prefeito, Secretaria de Governança e Comunicação Social (SGCOM), SAE, Quiosque da Cultura, Procuradoria Geral do Município (PGM), Emef Adriano Ortiz, Emef Jardim Florido, Cras São Judas Tadeu, Centro POP, Banco de Alimentos e Abrigo Residencial Girassol. Equipes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semurb) ainda trabalhavam na recuperação dos cabos semafóricos – pela manhã, eram 54 pontos que haviam sido cortados.
Antes de ingressar com ação na Justiça, a Prefeitura buscou, por quase dois anos, o caminho do diálogo com a RGE, sem sucesso. Mas foi somente após a decisão do juiz Regis Pedrosa Barros, da 4ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública da Comarca de Gravataí, no dia 8 de novembro, que a RGE resolveu agir, embora tivesse ainda um prazo de 60 dias. Indistintamente, a RGE cortou todos os fios que, segundo a companhia, estariam fora dos padrões, ou seja, abaixo da altura mínima de 4,5 metros. Além dos órgãos públicos municipais, ficaram prejudicados os clientes da Vivo, Claro e MhNet, especialmente na Avenida Adolfo Inácio de Barcelos, em frente à Praça da Bíblia, além das sinaleiras.
A ponderação do prefeito Luiz Zaffalon, surpreendido pela informação ainda na noite de terça-feira, é de que a companhia poderia ter encaminhado à Prefeitura um plano de ação, para um trabalho em conjunto, o que não ocorreu. Segundo Zaffalon, faltou bom senso para a RGE, já que a Prefeitura sempre se mostrou parceira na busca de uma solução. “Foram praticamente dois anos para resolvermos esse problema, e agora poderíamos ter feito conjuntamente, até porque a Prefeitura está tendo de concluir a limpeza do material jogado na rua pela RGE; e esse é um trabalho necessário, de limpeza, de organização da cidade, para acabar de vez com esse caos da fiação jogada pela rua, oferecendo riscos a pedestres, motoristas, além dessa sujeira”, reitera o prefeito Zaffalon.
Informalmente, em um grupo de whatsapp, criado há uns dois anos – mas que nunca funcionou –, do qual fazem parte representantes de operadoras, a própria RGE e o secretário municipal de Serviços Urbanos, Paulo Garcia, a companhia teria se comprometido, nesta quarta-feira, a divulgar as próximas operações de cortes e alinhamento de fios. Nesta quinta-feira (17/11), o trabalho terá continuidade na Avenida José Loureiro da Silva, na área central. Um dos pontos críticos, em que a fiação está abaixo dos padrões, fica próximo ao Colégio Dom Feliciano. “Propusemos à RGE um trabalho em parceria, para evitar os transtornos que foram gerados nesta quarta-feira.

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