O secretário municipal da Educação de Caraá foi uma das vítimas do ciclone.
Marcelo Pacheco relatou à reportagem da FOLHA PATRULHENSE, que a água atingiu sua casa que fica no centro da cidade perto da prefeitura, e com a família estava dentro de casa. Mas a água começou a subir rapidamente atingindo um metro, danificando todos os produtos alimentícios, inutilizando eletrodomésticos e ele, a esposa e o filho subiram para o forro da casa.
Os dois carros, o dele teve problemas por ter sido invadido pela água, com o que o alarme acionou, mas ele não conseguiu desativá-lo porque precisava salvar a sua família. O carro da esposa ficou boiando e um veículo que aparece em um vídeo da RBS pendurado em um fio elétrico é de seu pai.
Na hora da enxurrada ele travou as portas da casa e foram para o forro da casa. Ao subir para o forro ele levou um cobertor, um litro de leite e uma garrafa de água para conseguir acalmar o filho. O nosso desespero é de que a água subisse mais e teria que quebrar a telha para poder sair.
Foram 45 minutos de pavor relatados por ele. E esta sensação piorou ainda mais quando ele viu a casa de seu primo que fica próximo à sua, desmoronar num barulho ensurdecedor e ser arrastada pelas águas. Outra sensação de pânico foi ouvir os gritos desesperados de moradores das proximidades pedindo por socorro.
Mas em seguida, veio o alívio e todos puderam descer, mesmo com a água ainda alta. Eles tentaram reorganizar algumas coisas, e em seguida deixaram a residência, indo para casa de parentes na parte mais alta, só retornando ao amanhecer.
- Sto Antônio, Sto Antônio – Geral
