Mais do que uma aula sobre o Rio Gravataí, uma proposta de reflexão

Projeto Rio Limpo terá atividades retomadas após revisões na embarcação

Priscila Milán

Neste domingo (5/6) é celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Na região, uma das instituições engajadas nas causas ambientais é a Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí (APN-VG), responsável pelo Projeto Rio Limpo. Há mais de quatro décadas a entidade se dedica à promoção de ações educativas, porém a atuação vai muito além disso. O secretário executivo do Projeto Rio Limpo e vice-presidente da APN-VG, Sérgio Cardoso, explica que o trabalho desenvolvido, especialmente no barco-escola, não está focado apenas na educação, mas também em conscientizar a população sobre a necessidade de investimento, de mais políticas públicas para o meio ambiente.

O patrocínio da Petrobras encerrou em 2016 e desde então a iniciativa funciona com apoiadores, infelizmente, cada vez mais escassos. Sérgio ponta que a equipe busca esclarecer que há custos para os trabalhos e, por essa razão, as colaborações são sempre bem-vindas. A Sociedade Orquidófila de Gravataí (SOGRA), por exemplo, ao encerrar oficialmente as atividades, contemplou a APN-VG com R$ 50 mil, quantia que foi revertida para atender estudantes em viagens no catamarã. “Sempre digo: quer ajudar? Pague uma viagem. Essa é a melhor forma”, diz.

No barco são atendidos diferentes grupos, embora grande parte seja formada por estudantes dos municípios da bacia hidrográfica do Rio Gravataí. Conforme o secretário executivo do Projeto Rio Limpo, apesar de realizarem uma aula, o papel do projeto não é substituir o professor e, sim, complementar o trabalho. “São três etapas. Pedimos que os professores trabalhem o tema antes. No barco, falamos pouco, porque a ideia é que eles percebam, sintam. Depois da viagem, os professores desenvolvem mais trabalhos”, frisa.

Atualmente está sendo organizada a retomada das aulas no barco. A programação, afetada pela pandemia, depende agora do término de revisões na embarcação. Os motores estão sendo avaliados, bem como outras medidas de segurança, e a estimativa é de que em até 30 dias, o catamarã esteja à disposição para receber alunos e demais grupos interessados em conhecer o rio. Mesmo sem uma data definida para o fim das revisões, os contatos para viagens já podem ser feitos pelos telefones 99684-8980 e 99819-1780. O custo por estudante é de R$ 35 reais, sendo que deve haver, no mínimo, 30 pessoas para viabilizar um passeio (a capacidade é o dobro). O percurso tem duração aproximada de uma hora e meia.

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