Existe uma região na localidade de Fraga que se constitui num local paradisíaco. Florestas nativas por todos os lados, se constituem num dos mais belos cartões postais para quem ama a Natureza.
E foi este, o cenário perfeito encontrado pela produção do filme Jepotá, para a filmagem de algumas cenas recentemente. O filme tem, entre os atores, personagens indígenas, dando maior realismo às filmagens. A direção é de Papá Guarani e Augusto Canani.
Conforme o diretor do Instituto Estadual de Cinema do Rio Grande do Sul IECINE, “a Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul – SEDAC, através do Instituto Estadual de Cinema – Iecine, reconhece a importância do projeto, sua relevância cultural, histórica e antropológica. A Sedac e o Iecine entendem a necessidade da valorização dos povos originários em nossas narrativas e pela construção simbólica que o audiovisual viabiliza.
Explica também que JEPOTÁ captou recursos de fora do Brasil, proporcionando uma realização através de coprodução internacional, ampliando os horizontes do Estado e atraindo investimentos para o nosso território. Portanto, é imprescindível que toda a comunidade gaúcha se envolva, participe e possibilite que essa obra audiovisual aconteça, com envolvimento dos municípios, das comunidades indígenas e de todo o território do Rio Grande do Sul”.
A reportagem da FOLHA PATRULHENSE esteve na região, acompanhada pelo fotógrafo Ivo de Paula, cujo Irmão, Ivan, possui uma bela propriedade onde aluga casas para lazer por ele construídas para quem deseja passar bons momentos, ouvindo apenas o canto dos pássaros, o rumor das águas nascentes do rio dos sinos e a sinfonia da Natureza.
Pedro Aurélio Gomes, da Prana Filmes conversou com a reportagem entre um intervalo e outro das filmagens, afirmando que se trata de uma obra que retrata a vida dos índios e a crença nos seres da floresta que protegem o meio ambiente.
A Sinopse do filme que teve recursos do exterior para rodar o longa metragem, afirma que “em uma aldeia Guarani encurralada pelos efeitos do desmatamento, Irai, um jovem indígena, luta para vender as suas esculturas de madeira na beira da estrada, enquanto também trabalha em uma fazenda de soja para ganhar a vida.
Mas sua vida muda quando uma misteriosa jovem chamada Jerá chega à sua aldeia com um grupo de indígenas refugiados. Os dois são instantaneamente atraídos um pelo outro, mas Iraí se surpreende com um comportamento alarmante da jovem que à noite desaparece na floresta, sofrendo espasmos estranhos e tendo hábitos alimentares bizarros. Sua presença afeta a percepção da realidade de Iraí. Ele começa a ver aparições de seres sem rosto com uma forma humana, mas quase indistinguíveis da floresta. Iraí consulta o velho pajé da aldeia que diz que Jerá está apresentando os sintomas de um grave distúrbio conhecido na tradição Guarani como Jepotá: ela pode estar se transformando em um animal.
Daí em diante o enredo do filme se desenrola nas florestas e as filmagens adquirem um colorido exuberante.
Conforme o diretor Pedro Aurélio Gomes, após todas as cenas serem rodadas, o filme será editado na França para depois ser lançado no mercado simultaneamente no Brasil e no exterior.