O supervisor administrativo do Hospital de Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre está muito contente pela louvável iniciativa do Comupa, através da sua presidente Marilene Gomes dos Santos, do Padre Adalberto Lumertz Borges e de outras entidades pelas muitas doações recebidas nessa campanha de ajuda às necessidades básicas dessa tradicional casa de saúde.
Davi Fraga afirma que chegaram ofertas de todos os lados, como centenas de fardos de água mineral, produtos de higiene e limpeza, bem como outros itens para suprir as necessidades do hospital, incluindo a alimentação não apenas para os doentes, mas também para os colaboradores. “São gestos que emocionam”, afirma Davi acrescentando que qualquer doação, por mínima que seja, é representativa, tanto para quem doa, como para quem recebe.
Houve crianças – exemplifica – que fizeram bolos, pessoal de padarias que enviou pães e outros produtos alimentícios. “A gente caracteriza tudo isso como um carinho da população para com a linha de frente no combate à esta pandemia, porque estamos atendendo à população. Sempre sonhei em ver minha comunidade abraçar o nosso hospital. Por muito tempo a população esteve afastada e foi preciso uma pandemia, para que descobrissem a importância desta instituição hospitalar. Trago para mim, que tais gestos não deveriam ocorrer somente em tempos de pandemia, mas em toda a vida do hospital. Qual o município que não gostaria de ter um hospital para atender à população, especialmente nos casos complicados como este? Por isso, tais atitudes são muito gratificantes para todos nós”.
GESTO BONITO
Ao ser perguntado sobre uma atitude tomada pelos colaboradores, de oferecer um lanche e água para os transportadores de tubos de oxigênio para o hospital, que chegam a fazer três viagens semanais para reabastecer o hospital desse benefício indispensável para os doentes, quando antes eram duas por mês, Davi Fraga disse que esses trabalhadores, sentem o carinho com esse gesto. “E é nosso reconhecimento a eles por tralharem num serviço bastante estressante e cansativo. Eles retornam satisfeitos pelo carinho recebido”.
SITUAÇÃO INÉDITA
Em 19 anos como colaborador do Hospital de Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia, Davi afirma que nunca viu acontecer nada igual em termos de pandemia. Recorda algo parecido em 2009 quando da gripe H1N, porém hoje, na sua avaliação, é muito diferente: só nos leitos clínicos para Covid, nunca há menos do que 32 a 35 doentes internados pela doença. Muitos utilizam as máscaras de Hudson, que é um estágio antes de intubação. Portanto, todos devem ter o máximo cuidado porque o vírus está presente e afeta as pessoas quando menos se espera.
Davi Fraga agradece a todos os que fizeram doações para o hospital e repete o apelo: “Precisamos, sim, do apoio de todos e se você quiser doar algo, venha até ao hospital e entregue a um dos nossos colaboradores. Seremos sempre muito gratos pelo gesto de boa vontade da nossa população”.