Um misto de emoção e esperança foi o que aconteceu na semana que passou, quando os 10 leitos clínicos para UTI foram montados para o início das operações no Hospital de Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
A coordenadora técnica e administrativa disse de sua satisfação ao ver concretizados os pleitos relacionados com a Unidade de Tratamento Intensivo e ver os leitos em pleno funcionamento. “Estamos nos esforçando ao máximo para uma melhor assistência aos doentes”, salienta Rúbia Wingert. O Estado contribuiu para a montagem de cinco leitos e a Santa Casa, com o apoio do Município, os outros cinco.
Explica a coordenadora, juntamente com o diretor técnico dr. Joaquim Dellamora Melo, que o Estado não tem mais leitos de UTI para Covid disponíveis e muitos doentes aguardam na emergência pela liberação de um deles. “Eles foram montados para melhor atender à população. Agora, pacientes que precisam de UTI Covid não precisam ser removidos. Já os casos de infarto, AVC ou outras doenças, seguem sendo transferidos para referências. Os de alta complexidade para Covid passam a ser tratados no município”.
AS CRÍTICAS
Com relação a alguns comentários postados em redes sociais, que questionam os atendimentos por parte de médicos e enfermagem, Rúbia esclarece que a estrutura do hospital não é elástica. “Dizem que o hospital precisa ampliar cada vez mais os atendimentos, mas ampliamos toda a capacidade possível. Montamos seis respiradores na emergência. Se a UTI estiver lotada, há seis respiradores montados na emergência. Ampliamos os leitos internação de 17 para 33 e chegou-se agora a 38. Quartos foram ajustados para acomodar todos os pacientes. Estamos fazendo todos os esforços necessários e possíveis. Ainda, trocamos toda a parte do telhado, fizemos o monitoramento no setor de gases, instalamos mais um motor de oxigênio e um pressurizador de ar comprimido, para poder melhorar ainda mais a qualidade dos gases, tendo sido feito todo o esforço para que a estrutura pudesse suportar a demanda existente”. Por isso, a coordenadora pede que a população se conscientize, não faça aglomerações e se cuide, porque estamos no momento mais crítico da pandemia até agora. Os pacientes classificados como da categoria verde e azul, que são os menos graves, estão sendo referenciados para os postos e para o Sentinela. “Temos pacientes para Covid aguardando leito para internação. A UTI está com toda a sua capacidade lotada.
DOAÇÕES
Rúbia Wingert se emociona ao falar sobre a grande solidariedade da comunidade patrulhense. “Ficamos muito satisfeitos e emocionados pelo empenho da população, das empresas, dos comitês, do Comupa, das igrejas, trabalhando incansavelmente na arrecadação das doações para o hospital e isso é muito importante, porque a gente consegue melhorar o atendimento aos pacientes. E temos um agradecimento mais do que especial a fazer, porque seguimos recebendo doações. Muitos nos perguntam o que podem doar. Neste momento, como prioridade: a necessidade maior são cobertores e edredons, porque aumentou muito a demanda e de forma inesperada”.
AGRADECIMENTOS
“Agradeço a todos, o empenho da população. Isso está sendo muito importante. Acredite: o número de pacientes está aumentando e temos, sim, muitos pacientes graves. Repito o apelo: não façam aglomerações, se conscientizem. Utilizem máscaras, higienizem as mãos, pois é a única forma, porque diminuindo a circulação, irão diminuir os casos de pessoas adoentadas”, conclui Rúbia.