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Engenheiro fala sobre ETE e espera que Judiciário não autorize despejo na Lagoa

O engenheiro Bolívar Ourique, formado há 20 anos, pós-graduado em Eficiência Energética pelo SENAI-RS e estudioso da Lagoa dos Barros desde 2014 a respeito da possibilidade da Justiça autorizar o funcionamento da ETE com despejo de dejetos na Lagoa dos Barros assim se manifesta a respeito:
“Não acredito que o poder Judiciário irá errar uma segunda vez. Se ocorrer, sem receber os Estudos contratados pela PMSAP será completamente irresponsável tal decisão. Já está provado o que aconteceu na Lagoa, após a operação da ETE. Acredito que o Judiciário, tem a chance neste momento, de cobrar tudo o que não foi realizado antes, prezando pela conservação do meio ambiente. Quem possui algum conhecimento técnico e investe um pouco de tempo para avaliar as informações, não entende como essa ETE pode operar algum dia. Por isso, acredito que o Judiciário não pagará para ver um desastre ecológico, uma segunda vez.”
IMPACTOS NA ECONOMIA
Bolívar que afirma ser patrulhense e filho de professores deste município, salienta que quem deve responder a pergunta sobre possíveis impactos na economia, especialmente em relação ao arroz, caso a ETE seja autorizada a despejar seus efluentes na Lagoa, “são as associações que agrupam esses agricultores e o próprio IRGA. Me preocupa é o silêncio dessas instituições frente ao grande impacto que poderá causar na cultura do arroz. As filmagens obtidas na época em março de 2020, quando algumas lavouras receberam aquela água completamente diferente da normalidade são esclarecedoras e elucidativas. Preocupante!”
CARTÃO POSTAL
Bolívar Ourique que se mostra um grande defensor da Lagoa dos Barros, afirma que ela hoje é o cartão postal de SAP, junto com tantas outras belezas da cidade. “Não entendo o motivo de destruir a Lagoa. Esta ETE só possui uma solução viável tecnicamente: devolver o efluente por gravidade para a origem dos afluentes, despoluindo a Lagoa do Marcelino. A população de Osório deveria cobrar isso da PMO e da CORSAN. Do contrário e por critérios técnicos será muito difícil, visto que nossa Lagoa dos Barros é por sua natureza, rica em Fósforo”.

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