A polêmica envolvendo a possibilidade de que a Justiça termine autorizando o funcionamento da Estação de Tratamento de Esgotos de Osório a lançar seus dejetos nas águas da Lagoa dos Barros, continua a gerar manifestações de especialistas no assunto.
É como se manifesta o engenheiro agrônomo Fábio Rosa, diretor executivo do IDEAAS (Instituto para o Desenvolvimento de Energias e de Auto Sustentabilidade) e morador do entorno daquela lagoa.
PREMISSA ERRADA
No seu entendimento a ETE é a coisa certa no lugar errado. “Ela nasceu de uma premissa errada. É que toda estação de esgoto faz bem para os rios, mas no caso da Lagoa dos Barros não é assim porque se trata de um corpo de água fechado. Nasceu também de suposição das autoridades de Osório que dispensaram a CORSAN de apresentar um estudo de impacto ambiental e forneceram licença para a Corsan sem que estes estudos previstos inclusive na Constituição Federal e em legislação sucedânea fossem disponibilizados, mas isso nunca foi feito”.
LAGOA FICARÁ POLUÍDA
O engenheiro agrônomo afirma que estudos posteriores mostraram que a água que vai ser jogada na lagoa é alterada em teores de fósforo e potássio e isso vai impactar a lagoa e vai levar à sua eutrofização que é a passagem deste estado de água pura, sem contaminação como temos na Lagoa para um estado de água poluída com alto teor de alga. “Isto tem significado especial para Santo Antônio afora os outros, mas este corpo de água onde é possível que ao longo do tempo a população venha a se valer dele para fazer o seu abastecimento para uso na parte da população, coisas do dia a dia, como beber água, tomar banho, lavar louça, ou roupa não vai ser possível de utilização”, continua Fábio.
SEM A ÁGUA DO RIO DO SINOS
Fábio Rosa faz um alerta: “Já sabemos que a possibilidade de captar água do Rio dos Sinos em SAP não vai ser autorizada pelas contingências que já têm o rio dos sinos e seus contribuintes, além dessas outras atividades socioeconômicas de suma importância para Santo Antônio que foram também desconsideradas por ocasião da autorização para a instalação da ETE”.
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