Domingo (06) foi um dia diferente para quem foi ao balneário da Lagoa dos Barros.
Para os que apreciam uma boa moda de viola, a pedida não poderia ter sido melhor: o 6º Encontro de Violeiros reuniu representantes da autêntica música caipira de vários municípios, numa organização de Vilmar Belisário, um dos apaixonados por este estilo musical e que coincidentemente naquele dia estava completando seus 64 anos, ao lado da esposa Marli Kappel, reuniu grandes expressões da viola.
CONFRATERNIZAÇÃO
O encontro serviu para uma grande confraternização entre todos os presentes, que estavam concentrados no bar do Joãozinho. Desde às onze horas da manhã até o final da tarde, a viola e as vozes se mesclaram para alegria dos presentes de todas as idades. Houve quem, tendo ido apenas para o tradicional churrasquinho e até mesmo para se aventurar na água, que não estava tão convidativa assim, porque a temperatura caiu bastante, atraído pelo som da viola, chegasse até o bar e, mesmo não entrando no recinto, ficou debruçado à janela para ouvir as músicas ali interpretadas.
Esses encontros têm sido frequentes e na Lagoa é a sexta vez em que o evento é realizado. E sempre tem um organizador principal.
Os grupos são tão bem organizados que até rainha eles elegeram: Dalvinha desfilou orgulhosa com sua faixa e afirma que a música caipira a tirou do fundo do poço.
PRESENÇAS
Assim, dentre outros, desfilaram pelo palco improvisado, violeiros de Estância Velha, Campo Bom, Novo Hamburgo, Taquara, Porto Alegre, Caxias, Rolante e Praia do Quintão.
As duplas Chico e Bento, Trio Novo Hamburgo, Ademar Ciprião e o filho Alexandre, Leandro e William, Celírio Santos e Elis Regina, Negão da Kaiana, Vandi Violeiro e Nara Regina (organizadores desta edição), os radialistas e jornalistas Zé Castro (Campo Bom) e Guilherme Trescastro, de Novo Hamburgo, fizeram a alegria dos que foram prestigiar o encontro de violeiros.
HISTÓRIAS DE VIOLEIROS
E não faltaram histórias como a de Zé da Mata, que começou na antiga rádio Sulina em 1961, mas que esteve 40 anos afastado das lides artísticas, só retornando agora, tendo se arrependido de ter ficado tanto tempo parado. Já Ademar Ciprião tem uma história que emocionou aos presentes: Ficou afastado da viola por 37 anos e só retornou agora por insistência de amigos que queriam vê-lo cantar ao lado do filho.
Na entrevista, emocionado, ele fez referências elogiosas ao filho Alexandre.