Mateus Schmitt faz apresentações nas ruas e em eventos para pagar os estudos e comprar um piano digital
Priscila Milán
Na infância, quando acompanhava a família na igreja e observava com satisfação as pessoas cantando, Mateus Filipe de Oliveira Corrêa ainda não imaginava a conexão que teria com a música. Hoje, aos 19 anos, ele tem certeza de que o seu futuro está atrelado à arte. “A música é algo que pode te tirar daqueles momentos ruins. Você pode distrair um pouco e, assim, consegue continuar, não desiste”, argumenta o violinista, que faz apresentações nas ruas de Cachoeirinha, Gravataí e Porto Alegre para angariar recursos para os estudos.
Admirador da música clássica e, em especial, da barroca, o jovem também é compositor e sonha com um piano digital, instrumento que, devido ao valor, não consegue comprar. “Infelizmente ainda não tenho dinheiro para comprar um piano digital, mas grande parte de minhas composições são para este instrumento. Por isso, espero que um dia tenha condições para praticá-las”, ressalta.
Mateus Schmitt (nome artístico que adotou por causa da avó) tem recebido vários convites para tocar em eventos da região, oportunidades que o ajudam a divulgar o talento e, às vezes, a obter verbas para custear as aulas de música. “Felizmente, a maioria das pessoas são bem legais comigo e têm gostado do meu trabalho. Quero seguir como violinista, mas tem um cantinho especial no meu coração para o piano também e pretendo levar, cada vez mais, as minhas composições para o público”, comenta.
Além da carreira solo, o violinista faz parte de um projeto musical com as amigas Luana Esquiam Fortes e Luiza da Silveira Eliziário.