Em comemoração aos 35 anos, a Escola Bárbara Maix produz um livro de poesia concreta.
Priscila Milán
“Um lugar para aprender. Não para esquecer. Um lugar para se surpreender […] Escola é também para conversar e correr. Não só estudar. Tem hora da distração. Mas na hora certa para não virar confusão! […]”. Este é um trecho da poesia que encerra o livro lançado pela Escola Municipal de Ensino Fundamental Bárbara Maix na comemoração de 30 anos, em 2017. O texto é de Stéphani Gomes dos Santos.
Quase cinco anos depois, a instituição decidiu produzir uma nova obra, porém em formato digital. Há alguns dias, os alunos do sexto ao nono ano começaram a trabalhar no projeto, coordenado pelas professoras de Língua Portuguesa. A intenção é que o lançamento do livro ocorra na celebração de aniversário da instituição, que vai completar 35 anos no dia 27 de outubro.
Conforme a vice-diretora, Carla Valente, e a supervisora pedagógica Aline Delevati, na primeira edição, participaram estudantes do nono ano, sendo que uma turma realizou entrevistas com professores e funcionários e a outra produziu poesias inspiradas na significação da escola. Desta vez, para reduzir custos, a opção foi confeccionar um livro para disponibilizar em mídias digitais. A partir de agora, a Bárbara Maix planeja desenvolver a iniciativa a cada cinco anos.
As professoras Marlise Fraga e Michele Souza de Oliveira explicam que para estimular a participação dos adolescentes na atividade foi proposta a elaboração de poesia concreta, que explora aspectos gráficos. Caberá aos alunos fazerem também desenhos, que serão selecionados para a obra, inclusive a capa. Os primeiros trabalhos confeccionados foram expostos em um varal no pátio da escola.
A professora Leide Macuglia ressalta que cada estudante tem a sua percepção sobre o colégio e utilizará esse olhar como inspiração. Sendo assim, alguns já começaram a produzir os trabalhos enfatizando temas como aquisição de conhecimento, formação de amizades, leitura, prática de esportes, eventos escolares, entre outros.
Manuela Flores, de 11 anos, gosta muito de ler e escrever. Histórias de aventura e terror são suas prediletas. Ela conta que se dedicar à poesia será um desafio, mas já sabe no que vai se inspirar: nas amizades que fez na escola. Alice Bicca, de 13 anos, também já pensou no tema que usará como referência para representar a instituição de ensino: diversidade. A adolescente, que adora escrever, revela que tem muitos textos guardados, à espera de um momento oportuno para serem compartilhados. A jovem relata que futuramente vai seguir se dedicando à literatura, no entanto, como hobby, pois almeja cursar Medicina, com especialização em cirurgia.