A Prefeitura de Gravataí e a Aelbra (mantenedora da Ulbra) fecharam um acordo que permitirá a transferência das estruturas públicas do município para o campus da Universidade e, ao mesmo tempo, garantirá a manutenção das operações de ensino. O acordo foi oficializado nesta sexta-feira (24/3), em encontro entre o prefeito Luiz Zaffalon e o diretor do campus, Daniel Brum.
O decreto referente à parceria envolvendo a área na avenida Itacolomi, no bairro São Vicente, está sendo publicado em edição extra do Diário Oficial nesta sexta-feira. Para desapropriação da área, o município investirá R$ 21,7 milhões — valor inferior a outras alternativas de sede avaliadas pela prefeitura para aquisição ou construção de uma sede administrativa. Calcula-se que a economia gerada somente com o fim dos aluguéis pagos hoje pela gestão municipal será de cerca de R$ 2 milhões por ano.
O espaço no bairro São Vicente possui 42,8 mil metros quadrados, com 14,2 mil metros quadrados de área construída. O município deve começar a transferir o gabinete do prefeito e as primeiras estruturas das secretarias a partir de abril. Simultaneamente, um espaço será cedido à Ulbra para que mantenha as atividades ao longo deste ano.
Na avaliação do prefeito Zaffalon, o acordo trará diversos benefícios ao município. “Essa iniciativa faz parte de um planejamento a longo prazo, que reforça a vocação de Gravataí como um polo estadual de desenvolvimento e de inovação. É um acordo que permite manter as atividades de Ensino Superior aqui, com possibilidade de ampliação e melhor aproveitamento da estrutura — seja pelos alunos, seja pelo cidadão”, destaca. Além do espaço do centro administrativo, a prefeitura destinará parte do local para escolas e centros culturais, além de espaços para grandes feiras e eventos para o município.
O diretor Daniel Brum destacou que o projeto iniciado em Gravataí poderá ser replicado nas outras unidades da Ulbra. “O plano de reorganização operacional tem por objetivo acabar com a subutilização de espaços e proporcionar ambientes mais eficientes, sustentáveis, modernos, viáveis economicamente e com melhor acessibilidade para a comunidade escolar.” De acordo com Brum, “essa adequação dos espaços físicos deve gerar economia e ampliar a capacidade de investimentos em melhorias do ensino ofertado pela Ulbra, sem prejuízo ao calendário acadêmico, que segue normal”.
Qualificação do atendimento à população
A construção dessa alternativa teve início quando a prefeitura de Gravataí procurou a direção da universidade, em função do contexto de reorganização operacional que está em curso pela Ulbra. Segundo Zaffalon, o foco do município foi garantir a continuidade das atividades para os alunos em Gravataí e, por outro lado, encontrar uma nova estrutura para centralizar e qualificar os serviços prestados pela Prefeitura aos cidadãos em uma só área, com economia, praticidade e de forma planejada.
“Gravataí é um município que investe e se desenvolve e, por isso, a manutenção e a qualificação do ensino superior é importante para a economia, para a formação de mão de obra especializada e dentro do nosso propósito de gerar emprego e atrair investimentos. E a Prefeitura será sempre parceira nas ações que possam contribuir para seguir tornando a cidade referência em inovação e competitividade”, pontua Zaffalon.
