Anúncio do “Gravataí, uma senhora, cidade; um senhor futuro”, feito durante reunião do Codes, nesta quarta-feira (23/11), envolve todas as secretarias.
Atento às necessidades e, especialmente, às potencialidades das pessoas com 60 anos ou mais – as chamadas 60+ –, que em Gravataí correspondem a 18,5% da população economicamente ativa, conforme dados do IBGE, o prefeito Luiz Zaffalon lançou, nesta quarta-feira (23/11), o programa “Gravataí, uma senhora, cidade; um senhor futuro”, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Codes), que voltou a ser realizado no auditório da Dana, dentro dos festejos de 75 anos da empresa no Brasil.
Em parceria com o Instituto Moriguchi, as ações, inicialmente concentradas na Secretaria Municipal da Família, Cidadania e Assistência Social (SMFCAS), deverão envolver todas as demais secretarias municipais.
Apresentado pelo jornalista Tulio Milman e pelo professor de Marketing 60+ e Inovação na Fundação Getúlio Vargas, do curso de Formação Executiva em Mercado da Longevidade, Martin Henkel – ligados ao Instituto Morigushi, o projeto será desenvolvido em três módulos, em um prazo de 180 dias: diagnóstico dentro das secretarias e seus públicos, identificando como esse público é ouvido e respondido; programa interno de melhorias e capacitação, com elaboração de manuais e metodologias de multiplicação; e o lançamento externo e consolidado do programa. “Trata-se de um movimento para escutar, compreender e atender os nossos maduros”, explica Martin.
De acordo com o professor, em 2019, no Rio Grande do Sul, a linha de crescimento da população de crianças e jovens de zero a 14 anos foi ultrapassada pela linha da população 60+, o que corresponde a 18% da população gaúcha. “A cada 26,5 segundos nasce um 60+”, afirma Martin, ressaltando a importância de um olhar diferenciado para essas pessoas nas diversas formas de abordagem. Dados de 2020 do IBGE, acentua o professor, revelam que a renda média gerada pelos 60+ em Gravataí foi de R$ 143 milhões. “Temos de compreender o que está acontecendo para saber o que construir”, complementa Milman. Em um segundo momento, o programa irá se estender para a iniciativa privada, mirando especialmente empresas de inovação tecnológica.
Para o professor Martin, os setores de comunicação, design, urbanismo, indústria e setor de serviços “começaram a entender os impactos naturais do envelhecimento humano”. Entre esses impactos, ele destaca aspectos físicos, como alteração na audição, no olfato, no biotipo, na mobilidade e no equilíbrio, na força das mãos e dos dedos, na linguagem e nas referências. “Isso impacta na comunicação, na mudança da forma de abordagem”, comenta Martin. “Quanto mais experiência, maiores as conexões neurais, por isso, a importância da junção do vigor dos jovens, com mais força e impetuosidade, com a experiência dos mais velhos”, acentua Milman.
DANA: 75 ANOS
Na abertura da reunião, o prefeito Luiz Zaffalon entregou ao diretor de Excelência Operacional da Dana, Nelson Wagner, uma placa comemorativa aos 75 anos da empresa no Brasil, sendo 45 desses em Gravataí, com 1.400 funcionários . “Gravataí orgulha-se de ter a Dana entre as nossas forças econômicas”, disse o prefeito. Wagner ressaltou o compromisso da empresa com as políticas de sustentabilidade e de inclusão, citando como exemplos o sistema de reaproveitamento da água tratada e a parceria com o Senai e a Apae, preparando pessoas com deficiência para o trabalho na empresa. Ao meio-dia, a Dana ofereceu aos conselheiros um almoço em seu galpão crioulo.