A aula desta quinta-feira (1º/12), foi diferente para alguns alunos da rede municipal de Gravataí. Reunidos no Teatro do Sesc, os estudantes participaram do encerramento das atividades do Novembro Negro com a apresentação do espetáculo teatral Negra Sim. Tendo como pano de fundo a valorização do ser humano e a luta contra o racismo, a peça retrata a trajetória de uma mulher que sente a dor da exclusão desde a infância, mas, que, nesta fase da vida, foi encorajada pela sua mãe a lutar pelos seus direitos e incentivar outras pessoas a fazerem o mesmo.
No meio da trama, estigmas e paradigmas também foram trazidos pelos atores gravataienses Silvia e Silvana Maciel, Maria Lucilia, Renato Lima, Carla Lopes e Felipe Conceição. Do fundo da plateia, uma médica negra andou em meio aos alunos para ouvir o coração de cada criança reforçando que negros podem sim chegar aonde quiserem. No palco, um juiz e uma professora de educação física fecharam o trio de pessoas negras com ensino superior no intuito de incentivar as crianças negras a buscarem o seu lugar na sociedade.
“Este é um momento não só de diversão, mas um tempo essencial na vida dos alunos”, disse a diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Mariante, Luciana Ávila. A aluna do 5º ano da escola, Isabella, descreveu a experiência de estar no teatro e assistir a peça como muito legal. “Eu amei os atores, a história, tudo muito legal”, disse.
Presente na atividade, o vice-prefeito Dr. Levi Melo falou sobre a importância de momentos como este para a luta contra o preconceito racial. “Este é o nosso papel enquanto governo municipal, promover espaços de aprendizagem e reflexão para uma sociedade com equidade, onde todos possam ocupar o lugar que quiserem”, destacou o médico, após lembrar e elogiar a bela atuação do Comitê Técnico da Saúde da População Negra, que trabalha incansavelmente ao longo do ano para uma saúde de qualidade não só para a comunidade quilombola, mas para todos os afrodescendentes do município.
Ao longo do mês de alusão ao fim do racismo, a prefeitura promoveu diversas ações em prol da valorização da cultura afrodescendente e pelo fim do preconceito racial. “Encerramos com chave de ouro o nosso Novembro Negro de Gravataí, tivemos formações, apresentações artísticas, atividades nas escolas e, agora, terminamos com essa importante reflexão que leva para dentro do ambiente escolar a valorização da pessoa negra”, lembrou o assessor da Assessoria de Políticas Públicas para o Negro (APPN) e jornalista, Jairton Camisolão.
Estiveram presentes também, o secretário municipal substituto da Educação, Guilester Neves, e as servidoras e integrantes Comitê da Saúde da População Negra Léa Mondo, Karen Pereira, Kátia Ferreira e uma das idealizadoras do órgão, a jornalista Ana Muller.
O Novembro Negro de Gravataí é uma iniciativa das secretarias municipais da Saúde (SMS), da Educação (Smed) e de Governança e Comunicação Social (SGCOM), pasta da qual a APPN faz parte.
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