Por Beto Albuquerque, Advogado e ex-deputado federal
Todas as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres nasceram sob a legítima inspiração da igualdade. Do direito ao voto à melhoria das condições de trabalho, da maior participação na vida pública ao combate à violência doméstica, as lutas femininas sempre buscaram uma afirmação de gênero. Além disso, esses esforços indicaram os passos para garantir as mesmas oportunidades a todos e a todas.
A riqueza de uma sociedade é fruto do equilíbrio entre o igual e o diverso. E as mulheres precisaram provar isso na luta, muitas vezes com a própria vida. Dentro e fora de casa. Quando as diferenças causaram inferiorização, elas foram buscar igualdade. Quando as semelhanças causaram descaracterização, elas foram buscar identidade. E essas causas continuam vivas e precisando de evolução, sob a liderança das nossas firmes militantes.
Tenho denso compromisso com a consolidação desse caminho. Isso não se resume à plataforma de políticas públicas voltadas à população feminina. Tem a ver também com o respeito que decorre da própria natureza humana. Tem a ver com as oportunidades que dependem de uma nação economicamente equilibrada e socialmente justa. E, principalmente, com a luta permanente pelo fim da violência contra as mulheres. É verdade que a exploração, as injustiças e as desigualdades diminuíram, mas ainda há muito por fazer. Muito!
Trata-se, portanto, de uma construção que precisa ser permanente em nosso cotidiano, seja na vida privada, seja na atuação de quem possui representatividade. Pautar a questão de gênero é homenagear a democracia, o desenvolvimento, o pluralismo e a liberdade – fazendo de cada amanhecer um novo dia da mulher. Da mulher que luta, que sofre, que ama, que trabalha, que empreende, que abraça inúmeras funções. E acorda cedo no outro dia porque não desiste. Sempre, todo dia, por ser mulher!