Médicos denunciam falta de pagamento e atendimento no hospital de Cachoerinha é restrito

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) foi conferir a situação dos médicos ligados ao Instituto de Cardiologia – Fundação Universitária de Cardiologia (IC-FUC) e que atuam no Hospital Padre Jeremias (HPJ), em Cachoerinha, na última quinta-feira (20/4). Tanto os clínicos como os pediatras estão sem receber desde fevereiro, fazendo com que o hospital restrinja os atendimentos para pacientes graves devido à falta de profissionais, recebendo apenas casos de urgência e emergência.

O diretor do Simers, Daniel Wolff, conversou com o único clínico que estava no plantão adulto, pois o plantão pediátrico estava sem profissionais e contava apenas com o rotineiro para a avaliação de 18 crianças internadas. No momento da visita, havia oito crianças em sala de observação — duas aguardando vaga no Centro de Terapia Intensivo (CTI) — e cinco adultos, com mais a chegada de um paciente grave de ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

“Existe uma total precarização das relações de trabalho, pois o Instituto de Cardiologia contrata uma empresa, a qual contrata médicos na modalidade pessoa jurídica. Dessa forma, sem pagamento, segurança dos seus direitos e, até mesmo falta de condições básicas para os atendimentos, fica inviável a manutenção dos profissionais nas escalas”, destacou Wolff.

UPA 24H

Após a visita ao HPJ, o Simers esteve na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas do município, que está sem a retaguarda para o encaminhamento de pacientes graves, em Cachoeirinha. Segundo a gestão da unidade, havia 19 pacientes em observação para 12 vagas, e a recomendação de encaminhamento para Campo Bom, Guaíba e para o Hospital Vila Nova, em Porto Alegre.

Solução Urgente

O Simers vai encaminhar pedido de providências ao IC-FUC e à direção do hospital, bem como ofício ao Conselho Regional de Medicina (Cremers), alertando para a situação dos médicos. “Solicitamos urgência na resposta pelo aumento da demanda dos pacientes, oriundos dos serviços de urgência, já que existe uma lotação nos hospitais e unidades de Saúde em toda a região Metropolitana, o que pode ser agravado nos próximos dias com a chegada do frio e feriado”, alertou o diretor do Sindicato Médico.

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