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Manifestantes fazem caminhada pedindo justiça pelo assassinato de Filipi Eloy

Uma caminhada que reuniu mais de cem pessoas no final da tarde de sexta-feira (16) pelas ruas da cidade, pediu justiça pelo jovem Filipi Eloy, morto na calçada da Avenida Cel. Victor, após ser perseguido do local onde estava trabalhando, por um homem que lhe desferiu um golpe de faca que foi fatal.
O ponto de partida da caminhada foi na frente da loja Pompéia onde ocorreu o homicídio, começando com o “Pai Nosso” e um aplauso à memória de Filipi, seguindo em direção à cidade alta com a maioria das pessoas vestindo camisetas brancas com a foto do jovem e alusão à necessidade de Justiça.
Em frente ao Fórum e ao Ministério Público foram amarradas fitas e balões brancos.
A Brigada Militar prestou apoio do começo ao final da manifestação orientando os motoristas e os manifestantes.
Toda a caminhada transcorreu num ambiente de tranquilidade, pairando no ar o sentimento de tristeza pela morte prematura do conhecido jovem.
Um detalhe que chamou a atenção foi de que a chuva que caiu durante todo o dia, cessou no horário (17h) em que começou a manifestação.
Os pais do jovem, Leandro e Cristina Eloy juntamente com o filho menor e demais familiares, estavam à frente da caminhada e ao final agradeceram emocionados o apoio de todos, tanto aos que ali estavam, como às numerosas manifestações de apoio e de carinho, tanto pessoalmente como nas redes sociais.
Cristina disse ao final que, não fosse a sua fé obtida na Igreja a qual ela e a família são congregadas, não teria forças suficientes para suportar tamanha dor.
A viúva de Filipi, Diulli Rocha também agradeceu emocionada ao final da caminhada o apoio de todos, manifestando esperança pela Justiça.
Um culto foi celebrado na sede da Igreja Batista na Rua José Juvenal Soares pelos Missionários daquela Congregação.
A MÃE FALA SOBRE A TRAGÉDIA QUE ABALOU A FAMÍLIA


Dona Cristina Eloy, com gesto humilde, mas com uma extraordinária força interior, falou a respeito da perda do seu filho. Na entrevista feita com ela, disse estar convicta de que a justiça será feita. “Temos que ter confiança na justiça dos homens, porque a de Deus está em Suas mãos. Por isso é que estamos aqui. Ele está com Deus e vamos seguir o legado dele, fazendo o bem do próximo, pois o Filipi era de um sorriso muito aberto como a maioria das pessoas falaram nas mensagens e essa presença hoje aqui também nos fortalece muito”.
A mãe do jovem lembra que um dia antes ela pressentiu que algo poderia acontecer e enviou mensagem a ele pedindo que se cuidasse ao que o jovem a tranquilizou, tendo a Cristina respondido que aquela, era preocupação de mãe, mas pediu que ele se cuidasse. Seu filho menor também, no mesmo dia, sentiu muita angústia como se estivesse prevendo algo de ruim.
“Ele era um filho exemplar e começou a frequentar a igreja Batista em que eu estou e estava gostando. Esteve umas três vezes no culto e eu tive que me conter de tanta felicidade. Tu não fazes ideia do quanto de relatos eu recebi. Meu filho tinha empatia para com as pessoas, inclusive as da terceira idade. Era muito atencioso com todos”.
Sobre o que chegaram a falar levantando suspeitas sobre a conduta de Filipi, sua mãe disse: “Para Deus existe só uma verdade. Não me importo com o que eles falam. O que conta é o que a gente sabe. Sei da educação que dei para meu filho. Ele amava a sua esposa. Eles trabalhavam juntos. Era do serviço para casa. As pessoas falam porque não o conheciam. Ele estava na última semana de treino para ser subgerente. Na quartafeira ia fazer uma janta para comemorar e eu disse pra ele: “Meu filho: seja humilde. Não é porque tu vais mandar, porque não és nada nesta vida sozinho. Tenho certeza absoluta da educação que dei para ele”. Com relação à sua nora disse que fica sentida por ela. “Mas Deus é que sabe das coisas”.
Por fim, ela disse estar deixando uma mensagem para todos: “A única coisa de aprendizado que estou tirando, quando vocês tiverem a oportunidade de falar ‘eu te amo’, de estar junto com a pessoa amada, façam. A vida da gente mudou e nunca mais vai ser a mesma. Mas tenho que seguir porque tenho minha família. O que aconteceu arrancou metade do meu coração. A outra está com meu filho mais novo. É por isso que estou forte”.
Colaborou nesta reportagem: Rafael Barcela

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