Juíza fala sobre violência doméstica

A Dra. Ana Paula Furlan Teixeira, que, recentemente, assumiu a titularidade da 2ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha/RS, anteriormente tendo atuado como Juíza Substituta da 2ª Vara Judicial da Comarca de Parobé/RS, onde tomou posse como Juíza de Direito em 12 de setembro de 22, fala, nesta oportunidade, sobre o tema da violência doméstica.
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Hoje em dia – e é um fato constatado pela Juíza – tem havido uma inversão quanto à participação da mulher no conceito familiar, porque muitas delas, na realidade, são as que garantem o sustento da casa.
No conceito de agressão familiar, isso também significa a chamada violência patrimonial (quando o homem faz a mulher pagar ou entregar bens a ele).
No seu entendimento, é preciso que se trabalhe muito para que haja uma mudança em relação a este conceito.
“Precisamos falar mais sobre o assunto”, frisa a Magistrada.
Explica a Dra. Ana Paula, ainda, que, quando existe este olhar preconceituoso, é diminuída a possibilidade de que a mulher procure os órgãos de proteção, seja por se sentir inferiorizada, por temer a reação do homem, por depender financeiramente dele, seja por diversos outros motivos.
CONTATO DIRETO
Nesse contexto, adianta a Juíza de que, mais do que a participação em seminários e palestras sobre o tema, se aprende sobre o assunto com a própria vítima, ouvindo-a sobre suas angústias e temores. Ainda, explica a Dra. Ana Paula Furlan Teixeira que, na sua experiência como Magistrada, este contato direto com a mulher é um tema que aprecia, na medida em que conversar com a vítima de violência doméstica contribui para que possa tomar uma decisão mais acertada em relação ao acusado da violência contra ela, de modo que esse contato será priorizado em sua atuação.

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