É muito grave a situação vivida pelo hospital Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia. A administração informou esta manhã que mais cinco pessoas morreram nas últimas 24 horas. Três eram mulheres de 60, 57 e 68 anos, todas de Santo Antônio e dois eram homens de 51 e 89 anos, ambos também residentes neste município. As identidades não foram fornecidas.
Nesta manhã, a situação na emergência do hospital está com fluxo regular, mas na Unidade Sentinela é bastante grande.
Conforme a coordenadora da Administração Enfermeira Rúbia Wingert, não existe no momento qualquer possibilidade de transferência de pacientes graves para hospitais com UTIs porque simplesmente não há leitos disponíveis naquelas instituições hospitalares.
Rúbia afirma que sempre estão sendo feitos contatos com a regulação de leitos. Esta manhã ela disse aos responsáveis que os pacientes que aguardam leitos de UTI não irão resistir, sendo que a regulação informou que há lugares onde há pacientes também aguardando, que não têm sequer oxigênio e que o hospital Santo Antônio ainda tem oxigênio e onde acomodar os doentes.
“Por isso, vejo que as chances de transferência de pacientes para hospitais com UTI neste momento praticamente não existem”, afirmou Rúbia.
Na Unidade Sentinela, conforme informou o diretor técnico, dr. Toson,esta manhã estavam ocorrendo vários atendimentos médicos, de enfermagem e coletas de exames de PCR. “Hoje contamos com três médicos e equipe de enfermagem completa. Cabe agradecer a todos os trabalhadores da saúde q estão mantendo o acolhimento à população patrulhense”, salientou.
Thoson enfatizou a importância do decreto do governador do Estado com relação ao uso obrigatório de máscara, que pode gerar inclusive detenção e multa de 2 a 4 mil reais
“A prevenção neste momento passa pelo isolamento social. Quanto menos pressão exerceremos sobre o sistema de saúde como um todo, que está em colapso, melhor será a perspectiva. A realidade é que não há mais leitos de UTI disponíveis, assim como leitos assistenciais com condições de receber pacientes que estejam necessitando de ventilação mecânica”, concluiu.
Como se observa, a situação é gravíssima e por isso, repetimos: tenham mais empatia quando forem falar sobre esse assunto nas redes sociais. Os médicos, enfermeiros, chegam a dobrar seus plantões, tal a situação vivida por todos os hospitais gaúchos. Neste lockdown, se você ver qualquer anormalidade, denuncie. É para o bem de todos nós.