Encerrada recuperação judicial da Via Uno

Na quarta-feira, dia 13, foi encerrada a recuperação judicial das empresas RR Shoes Comércio e Fabricação de Calçados Ltda e Rabelo Comércio de Calçados, Bolsas e Acessórios Ltda, detentoras da marca Via Uno.
A sentença foi proferida pelo juiz Felipe Roberto Palopoli, da 1ª Vara Judicial da Comarca de Santo Antônio da Patrulha. O encerramento ocorreu, pois a empresa cumpriu com 100% das suas obrigações até a presente data com todos seus credores que entraram no plano de Recuperação Judicial em julho de 2020, na época impactada pela pandemia da COVID-19.
A Via Uno vem produzindo com 100% de sua capacidade produtiva e com cerca de 2 mil colaboradores diretos e indiretos, tendo como clientes grandes lojistas do Brasil e exterior. “Continuaremos focados em trazer moda, leveza e conforto para as nossas clientes, sempre prezando pela qualidade”, afirma o CEO Ramon Rabelo.
Rabelo ainda agradece a todos os fornecedores, colaboradores e clientes que foram parceiros da empresa neste período e salienta que a marca segue na luta no seu propósito de gerar encantamento pelas consumidoras.
O QUE DIZ RAMON RABELO
“A empresa cumpriu cem por cento das obrigações até então, com muita luta e dedicação. Ainda temos contas a pagar, mas isso dá um sentimento de que estamos no caminho certo. Esta recuperação ainda continua, mas temos que nos manter no mercado, ser competitivos, temos que trabalhar muito para termos possibilidade de pedidos neste Brasil tão cheio de surpresas para todos nós”, afirma Ramon Rabelo na entrevista concedida à Folha Patrulhense.
Explica Ramon que na pandemia a empresa chegou a demitir de 500 a 600 funcionários, “mas fomos retomando e hoje temos 700 funcionários diretos e mais cerca de 1.300 indiretos que prestam serviços para nós. Estamos cumprindo nosso papel, mantendo empregos, mas sempre com muitas dificuldades em nosso setor que passa pela competitividade chinesa. Saímos da recuperação, mas a luta continua com muita força.”
O empresário reconhece que a China assusta um pouco “mas hoje temos um dumping que nos protege da importação do sapato chinês, porque não sabemos até quando isso vai e o que o governo vai definir.”
INCÊNDIO
Toda a situação começou a se agravar quando em março de 2017 um incêndio atingiu a fábrica. “Perdemos 400 mil pares e que não estavam no Seguro. Naquele momento não entramos em recuperação e continuamos lutando. Com o COVID-19 com lojas fechadas, sócios em casa e a falta de capital de giro nos fez levar a este caminho, que não queríamos se não fosse a pandemia.”

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