A Delegada Amanda Andrade, da Operação Verão e que integra o reforço do mês de janeiro na DP de Santo Antônio da Patrulha foi quem presidiu o inquérito de feminicídio ocorrido no dia seis de janeiro em Santo Antônio da Patrulha.
Na entrevista concedida na sexta-feira passada (13), ela confirmou ter enviado naquela data o inquérito à Justiça. O Ministério Público é quem decidirá se denunciará o indiciado. É possível que seja submetido a júri popular.
Conversando com a reportagem da FOLHA PATRULHENSE, ela, que não é gaúcha, sendo natural de Belém do Pará, mas que atua no Rio Grande do Sul por ter sido aprovada em concurso neste Estado, afirma no dia do crime, após a prisão do principal suspeito, representou pelo pedido de prisão preventiva, o que terminou sendo deferido pelo Juiz de Direito da Comarca, dr. Felipe Palopoli.
Como a FOLHA noticiou na edição passada, o indiciado, orientado pelo advogado, optou por permanecer em silêncio no interrogatório afirmando que somente se manifestará em juízo.
“Ele estava aparentemente calmo e não demonstrava nenhuma reação”, disse Amanda acrescentando que na hora da prisão pelos PMs ele alegou que Mara havia caído da escada e se machucado, alegação que não se confirmou.
A delegada Amanda Andrade disse ter ouvido pessoas, especialmente as que estavam próximas ao local quando tudo aconteceu.
Ela também ouviu de testemunhas de que o indiciado não queria prestar socorro à vítima, o que foi confirmado pelos PMs que atenderam a ocorrência.
No entanto, a necropsia é que irá apurar como aconteceu o disparo, mas o que se sabe é que a bala penetrou pelas costas na altura dos rins, não tendo orifício de saída.
O que ela adiantou sobre o inquérito confirma o que a irmã de Maraline, Maria Izabel, havia relatado, tanto à responsável pelo inquérito, como à reportagem da FOLHA PATRULHENSE.
BRIGADA MILITAR
O Capitão Thaires Costa Selister, comandante da 2ª Companhia da Brigada Militar confirmou que os policiais militares chamados para atender a ocorrência, tiveram que arrombar uma porta para entrarem no local, onde efetuaram a prisão do suspeito.
O Oficial confirmou que o indiciado se entregou sem esboçar qualquer reação. Em seguida os policiais militares fizeram a apreensão das quatro armas encontradas naquele dia, uma das quais, com numeração suprimida.
MISSA
No sábado, dia 14, houve uma celebração na Igreja Matriz às 17 horas pelas almas de Maraline Pardim e de Adair José de Quadros, o Neguinho, que perdeu a vida tragicamente ao ser atingido por uma descarga elétrica quando tentava reparar um defeito surgido no motorhome em que estava com a família em Canasvieiras (Santa Catarina).
O ambiente foi de intensa emoção e familiares do indiciado fizeram questão de assistir ao ato religioso numa demonstração de solidariedade para com os familiares de Maraline.