Com a recepção aos professores da rede municipal de educação que começou ontem (03) e será concluída hoje, quinta-feira, a Secretária Municipal de Educação anunciou o reinício das atividades escolares interrompidas desde março do ano passado em função da pandemia que obrigou os estudantes a ficarem em casa para não serem afetados pelo novo Coronavírus.
O anúncio foi feito durante reunião no plenário da Câmara de Vereadores, obedecidos todos os protocolos sanitários, com a obrigatoriedade do uso de máscaras, higienização das mãos, aferição da temperatura e o distanciamento social. Estiveram presentes, vários segmentos da sociedade, como a Vigilância Sanitária, Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus, Conselho Municipal de Educação, conselhos relacionados aos servidores, o Ministério Público Regional, vereadores, prefeito e vice para o debate do retorno seguro às atividades escolares conforme disse a secretária Josélia Maria Lorence Fraga.
Na entrevista que concedeu à Folha Patrulhense, a secretária disse que durante mais de vinte dias foi construído o Plano de Ação que foi submetido aos presentes, incluindo professores, cabendo agora ao Conselho Municipal de Educação o trabalho de apuração do que já foi feito. No encontro foram trabalhadas perspectivas de datas e formatos.
“Pretendemos estar com as crianças da educação infantil dia 10 deste mês e pretendemos estar com as do ensino fundamental nas escolas no dia 22 de fevereiro”, disse a secretária.
COMO SERÁ
Inicialmente a educação infantil de 10 a 22 de fevereiro e chamaremos apenas de 20 a 25 por cento da capacidade da escola. São aquelas cujos pais responderam um questionário no ano passado informando que precisariam do retorno às escolas. “Por isso, vamos priorizar essa pesquisa realizada no final de 2020”, disse Josélia.
“Num segundo momento, a partir do dia 22, haverá o chamamento de 50 por cento da capacidade da educação infantil. Com isso, avaliamos o mês de fevereiro e fizemos um novo estudo e uma nova proposição à Saúde para podermos atender até metade de março, 75 por cento e se tudo der certo e os indicadores continuarem ajudando, chegaremos a cem por cento no final de março, explicou
“Já no ensino fundamental vamos voltar com todos de forma escalonada, ou seja: Teremos três grupos de trabalho: A, B e C”, adiantou a secretária para prosseguir:
O grupo A é a metade da turma que permanece em regime presencial e uma semana em casa. O grupo B que está em casa retorna na semana seguinte. E assim continuará sendo feito. Já o grupo C permanece cem por cento em casa, que é aquele em que os pais ainda não se sentem seguros em enviar seus filhos para a Escola.
A secretária prosseguiu afirmando que a SEMED foi bem acolhida por todas as instituições. “Devemos agora ter, portanto, o trabalho mais fino do CME e nos próximos dias anunciaremos à comunidade numa live oficial, de como se dará oficialmente esse retorno às aulas”.
O QUE PENSAM OS PAIS
A secretária Josélia Fraga afirmou que aproximadamente 70 por cento dos pais indicam pelo retorno no ensino fundamental. Na educação infantil esse desejo é ainda maior, porque as crianças são muito pequenas e os pais precisam da vaga para terem condições de trabalho. “E mesmo que eles procurem as escolas particulares, elas também não têm vagas, porque também têm suas limitações estabelecidas pelos órgãos de saúde. Por isso, é urgente realmente o retorno e podemos comemorar como uma vitória, porém, precisamos fazer isso com muita responsabilidade, com muita seriedade e muito compromisso. Para tanto, contamos com a ajuda dos pais para entenderem que o no ensino fundamental voltarão todos, mas de forma escalonada e na educação infantil será um retorno gradual”.
APOIO DA SOCIEDADE
Josélia salientou que a sociedade precisa ajudar. “Se nós queremos as escolas abertas, os adultos precisam fazer a sua parte: usar máscaras, álcool em gel, evitar aglomerações, contribuindo para que mais rapidamente possamos ter as nossas crianças de volta na escola”.
RETORNO À PASTA
Para finalizar disse estar feliz e honrada por estar frente à Pasta neste momento sabendo do imenso desafio e da responsabilidade que é, “mas estamos fazendo um trabalho técnico muito dedicado com uma equipe maravilhosa e com a ajuda da sociedade e é isso que vai nos garantir um retorno seguro. Precisamos retornar por uma série de questões e em especial pelo adoecimento infantil que já é revelado nas pesquisas mais técnicas. Precisamos urgentemente voltar nossos olhos para a infância, porque não temos mais tempo a perder. E estamos justamente à frente desse processo para coordenar este retorno de maneira segura e saudável”, finalizou.