O trabalho da Defesa Civil e dos diversos grupos de voluntários tem sido muito importante porque representa a dedicação de centenas de pessoas para ajudar na recuperação dos que perderam tudo, ou quase tudo na maior catástrofe climática de todos os tempos no Rio Grande do Sul. Santo Antônio da Patrulha está dando um exemplo de dedicação com os envolvidos nesse trabalho para contribuir para que mais pessoas se sintam motivadas a reconstruir o que perderam nos temporais.
Miguel Evair, coordenador municipal da Defesa Civil afirma que em relação ao último evento onde Santo Antônio não sofreu com os alagamentos devido às intensas chuvas em que desde o dia 27 de abril deste ano até o dia 31 de maio último choveu o equivalente a 761,1 mm, sendo que destes, 186,5 mm, foi de 27 a 30 de abril deste ano, graças às intervenções preventivas que foram feitas nos principais arroios do município, fez com que as intensas chuvas não ocasionassem prejuízos de monta. No entanto, houve perdas consideráveis nas lavouras e na pecuária. “Durante este período recebemos doações e enviamos às cidades necessitadas”, afirma o coordenador.
AS DOAÇÕES
Explica Evair como foi feito o trabalho de recolhimento das doações: “Foi feito junto com os voluntários (aos quais quero agradecer do fundo do coração os quais não mediram esforços para cooperarem), o recebimento das doações em um primeiro momento no Salão Paroquial das Pitangueiras e posteriormente foi direcionado o recebimento de roupas, todos para o CTG Patrulha do Rio Grande e este encaminhava para o CTG Chico Borges “Centro Clube”. Muitas doações vieram da população local, bem como também receberam doações do centro do país.
DIRECIONAMENTO
Todas as doações em um primeiro momento foram direcionadas ao Vale do Paranhana (Rolante, Igrejinha, Três Coroas, Taquara) e posteriormente À Grande POA (Canoas, Cachoeirinha, Gravataí, Eldorado) e atualmente estavam sendo direcionadas para o Litoral (Palmares, Imbé, Mostardas).
LIMPEZA
Como a fase agora é do retorno às casas atingidas pelas inundações, atualmente há necessidade de materiais para a limpeza das residências EPIs (botas, luvas, óculos de proteção) e limpeza (baldes, rodos, alvejantes).
VOLUNTARIEDADE
“Aqui nos pontos de arrecadação, chama a atenção a voluntariedade da população patrulhense que se doa do modo como podem para tentar levar um pouco de conforte aos afetados pelo evento”.
Quanto ao trabalho dos voluntários, Evair diz não ter palavras para agradecer o trabalho de todos os voluntários. “No momento como foram desativados os centros de arrecadações o movimento diminuiu. Mas continuamos a receber doações junto ao Corpo de Bombeiro Militar”.
Devido às grandes doações recebidas, foi feita doação de alimentação e roupas para os abrigos do Portão I, Banzé, Monjolo e Evaristo. O número de abrigados em todos eles diminuiu consideravelmente visto que muitos já retornaram para seus lares e outros foram para outros municípios e/ou Estado.
Ainda com relação ao desassoreamento dos arroios, Evair reafirma que a intervenção nos Arroios foi de suma importância juntamente com o hidrojateamento das bocas de lobo e tubulações, bem como da limpeza.
Por fim, salienta o coordenador municipal da Defesa Civil de Santo Antônio da Patrulha, ser difícil tirar uma lição, pois nenhuma tragédia é igual a outra. “Mas podemos aprender e identificar onde erramos (para podermos corrigir) e onde acertamos (para melhorarmos ainda mais). Agradeço de todo o coração todos os voluntários, todos os cidadãos patrulhenses que de um modo ou de outro fizeram doações ou se prontificaram a nos auxiliarem, bem como a todos os brasileiros que fizeram doações”.