Segundo a Polícia Civil, o empresário foi morto pelas costas com 9 disparos de pistola em local ainda indefinido, mas que teria ocorrido, ou na propriedade do principal suspeito em Evaristo, que foi onde termina o sinal de celular por ser um local com dificuldades para contatos via celular, ou já próximo ao local em que o corpo foi abandonado. O crime, ao que tudo indica, foi premeditado, porque o “sócio”, que devia cerca de 5 milhões, teria planejado uma emboscada.
Ao chegar em Novo Hamburgo o empresário mineiro não conseguiu localizar nenhum dos 44 carros que havia enviado para vendê-los no Rio Grande do Sul e Diego o iludiu, afirmando que os veículos estavam em Santo Antônio da Patrulha em uma feira, o que não procede, pois isso não aconteceu. O empresário, acreditando na conversa do sócio, inocentemente, o seguiu até este município e de lá até a casa em Evaristo onde o suspeito mora com a família. Foi naquele local, ou imediações, que Samuel falou pela última vez com a namorada através de uma mensagem por whatsapp (a mensagem está gravada) quando ele suspeitava de que algo muito grave estava acontecendo (“Ai, meu Deus do céu!”) já que não estava vendo o número de carros que esperava localizar.
Eis o teor da gravação da última mensagem que o empresário mineiro enviou à namorada:
” – “cê” acredita que os carros não “tão” aqui. /acabei de chegar aqui, tem só alguns carros aqui só. Ai, meu Deus do céu, sabia que tinha alguma coisa.
Eu vou… vou ver se vou lá na outra cidade lá na outra loja.
– Onde que ele colocou esses carros? O que ele fez com esses carros?”
Daquele momento em diante, caiu o sinal do celular (eram cerca de 13h30min) e possivelmente foi naquele momento que ocorreu sua execução pelas costas.


PÁ E LONA
Segundo a delegada titular do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa que preside o inquérito e conduz investigações desde o desaparecimento de Samuel Erberth de Melo, Diego Gabriel da Silva, apontado como o principal suspeito contra quem aquela policial representou inicialmente pela prisão temporária e após, convertida em preventiva pela Justiça, já que contra ele existem outros inquéritos, o suspeito teria comprado antecipadamente, um pedaço de lona, pá e dois pares de luvas o que fortaleceu os indicativos de que teria sido o mentor e um dos executores do empresário.
Este material foi adquirido por ele, por ser a região onde planejou cometer o crime, bastante acidentada, como solo pedregoso e por tanto, difícil de ser escavado.
ÓCULOS
Porém uma descoberta feita por um dos policiais civis fortaleceu a suspeita de que o corpo tivesse sido enterrado nos fundos de uma casa abandonada. Era de um par de óculos semelhante ao que o empresário estava usando.
As buscas se intensificaram e teria sido na noite de sábado que o corpo foi localizado enrolado em uma lona e coberto de telhas e folhas de bananeiras abandonado em um pequeno barranco, perto de um riacho, porque os criminosos não conseguiram abrir uma cova.
TRANSLADO
Como já estava com a equipe de policiais civis, uma viatura do IGP (Instituto Geral de Perícias), o cadáver de Samuel foi examinado pelos peritos que constataram preliminarmente que a vítima foi alvejada pelas costas com, pelo menos, nove disparos de pistola.
CORPO LIBERADO NO DOMINGO
Concluído este trabalho preliminar, foi feito o translado do corpo para Novo Hamburgo para a necropsia que foi concluída às 15h15min de domingo, quando o corpo foi liberado aos familiares a fim de ser transladado via aérea para as cerimônias fúnebres e o sepultamento do empresário em Belo Horizonte, onde residia com a família.
Estava concluída a operação feita para descobrir em que ponto o cadáver fora enterrado, já que existia uma convicção da polícia de que ele fora morto naquela região entre Bom Retiro, que fica nas proximidades da Estrada Sérgio Luckman, que conduz ao Cantagalo, e Evaristo.


FIM DA ANGÚSTIA
Foram nove dias de angústia vividos pela família e sete de buscas pelas forças de segurança, desde que Samuel Erberth de Melo desapareceu no dia dois deste mês, ao encontrar seu parceiro de negócios de quem pretendia cobrar uma dívida de R$ 5 milhões de reais de venda de veículos de sua revenda em Belo Horizonte.
Infelizmente a vítima terminou encontrando a morte.
REVOLTA
Um clima de revolta se formou, desde que a Polícia divulgou a descoberta do corpo de Samuel e a forma como foi executado.
De outra parte, nas redes sociais, houve quem quisesse comparar Novo Hamburgo com o Rio de Janeiro, definindo o município gaúcho mais violento do que o Rio de Janeiro, declarações que foram veemente condenadas pela maioria de quem opinou a respeito desta definição.
OUTRO SUSPEITO PRESO
A polícia prendeu no sábado (10), outro suspeito, apontado como comparsa de Diego, que teria participado da execução do empresário mineiro. No entanto, o DHPP prossegue as investigações porque há suspeitas de mais pessoas envolvidas neste crime.

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