Aconteceu no final da tarde de sábado (26/03) na Igreja Matriz, celebração presidida pelo bispo diocesano Dom Jaime Pedro Kohl e concelebrada pelo pároco, padre Adalberto Lumertz Borges, o envio dos festeiros, casal imperador, alferes, tropeiros e noveneiros com o hasteamento dos mastros, dando assim início às festividades em honra ao Divino Espírito Santo e ao padroeiro Santo Antonio do ano de 2022.
Ao final da missa, todos concentraram-se defronte a igreja matriz e orientados pelo padre Adalberto Lumertz Borges, foram hasteados os estandartes no mastro. O Estandarte de Santo Antônio foi erguido pelo casal de alferes, Antônio Alves de Farias e Elza de Oliveira Farias. O estandarte do Divino Espírito Santo foi erguido, com o auxílio do padre Adalberto, pela alferes, Ciglia Maria Bemfica de Lima e família.
No início da celebração, como já é tradição, teve a procissão de entrada feita pelo grupo dos Tropeiros do Divino com a batida compassada do bumbo, tocado por um menino e logo após entraram os festeiros, noveneiros, casal imperador, alferes e os celebrantes.
RELIGIOSIDADE DO POVO PATRULHENSE
Mais uma vez a demonstração da fé e religiosidade do povo patrulhense está sendo manifestada. Começou a festa de 2022 do Divino Espírito Santo e Santo Antônio. A simbologia do hasteamento dos estandartes do Divino Espírito Santo e do padroeiro Santo Antônio, no mastro defronte a Igreja Matriz, na cultura luso açoriana, significa que a comunidade da Paróquia Santo Antônio sinaliza para todos que estamos em festa e que devemos viver fraternalmente com os irmãos e resgatar também as tradições deixadas pelos nossos antecessores, tão fortes em nossa gente. Essa religiosidade que vem desde os primórdios de nossa terra, quando Manuel de Barros, aqui chegou no ano de 1734 e vinte anos depois (1754), pediu autorização ao bispo do Rio de Janeiro para fazer um oratório em devoção à Santo Antônio na sua fazenda de mesmo nome, localizada então nas margens da Lagoa dos Barros, passando seis anos depois pela construção da pequena capela por Inácio e Margarida no ano de 1760 nas suas terras (hoje Cidade Alta). Religiosidade que é expressada de uma forma ininterrupta também ao Divino Espírito Santo desde o ano de 1778, sendo a festa do gênero mais antiga do Rio Grande do Sul.
Por Jaime Müller
Fotos: Alessandra Tedesco