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Café com Negócios destaca a mobilização contra o pedágio na 118

Durante uma live, realizada nesta quarta-feira (22/6), participantes relataram impactos que a instalação da praça traria à região

Priscila Milán

Na manhã desta quarta-feira (22/6), a Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Gravataí (Acigra) promoveu mais uma edição on-line do Café com Negócios, com transmissão pelo Facebook e YouTube. Desta vez, o tema em discussão foi a mobilização contra a instalação de uma praça de pedágio na RS-118, em trecho não duplicado entre Gravataí e Viamão.

Na abertura da live, a presidente da Acigra e o vice, Ana Cristina Pastro Pereira e Régis Albino Marques Gomes, destacaram que a instituição é contrária ao projeto e considera uma vitória o governador Ranolfo Vieira Júnior ter suspendido a publicação do edital de concessão há algumas semanas. Contudo, a possibilidade segue em estudo pelo Governo do Estado, o que leva o Movimento RS-118 Sem Pedágio a se manter atuante na causa.

“Essa é uma zona urbana e não deve ter pedágio. Isso teria um impacto negativo para muitas pessoas”, disse Ana Cristina, exemplificando que tanto os empresários como os colaboradores seriam prejudicados com a cobrança no local. O aspecto também foi salientado por Régis, que chamou à atenção para o fato da rodovia contar com diversos empreendimentos, em especial centros de logística. “Corremos o risco dessas empresas saírem daqui”, afirmou.

Na reunião, a Acigra ressaltou que não é contrária às privatizações, porém avalia que um pedágio atrasaria o desenvolvimento da região. Ao longo da conversa, esse ponto foi comentado pelos demais participantes. “O pedágio na RS-118 representaria 28% da arrecadação. Quer dizer, cobra-se ali para investir em outras rodovias. Isso é inapropriado”, alertou o diretor de Infraestrutura da Federação das Empresas de Logística e de Transporte de Cargas no RS (Fetransul), Paulo Ziegler.

“A comunidade gravataiense é contra o pedágio. Circulamos pelos quatro cantos da cidade e não conseguimos encontrar ninguém que seja a favor. Temos mais de cinco mil assinaturas contra o pedágio. Nós, que pensamos no desenvolvimento da cidade, sabemos que isso pode trazer muitos prejuízos. Temos que renegar um passado que não trouxe benefícios para as nossas rodovias”, argumentou o vereador Paulo Silveira ao fazer referência a dados trazidos por Ziegler sobre projetos de instalação de praças de pedágios em outras gestões estaduais.

Paulo Silveira, que é o coordenador da Frente Parlamentar de Gravataí contra o Pedágio, apontou que a mobilização tem o apoio dos outros municípios que seriam impactados e o grupo permanecerá “nessa batalha”. Para o coordenador do Movimento RS-118 Sem Pedágio, Darcy Zottis, o recuo do Governo do Estado quanto ao edital de concessão é “uma vitória parcial” e as ações de contrariedade ao projeto devem continuar. “É um plano de negócios que comprometeria o desenvolvimento da Região Metropolitana”, sintetiza.

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