O vice-presidente da subseção dr. Gustavo Peres, disse tratar-se de um problema histórico da comarca esta questão do déficit de servidores e as reivindicações locais foram reconhecidas pelo próprio Corregedor Geral de Justiça.
“Muito em breve todos os cargos estarão ocupados na comarca e isso até final de fevereiro. Sendo assim contemplada nossa pretensão e acredito que boa parte dos problemas será solucionada”, disse Gustavo acrescentando que isso irá representar “uma boa diferença na qualidade de prestação jurisdicional e da redução da morosidade na tramitação dos processos, que deverão tramitar mais céleres, uma vez que teremos servidores para darem o devido impulsionamento”.
Já o dr. Ricardo Pires falando na condição, não somente como advogado, mas também como vereador considerou muito boa a reunião. “Todas as partes se manifestaram. Como representantes da população queremos ver bem atendidos os pleitos que passam pela nomeação para os novos cargos o que representará significativa melhoria no judiciário local.
Ricardo recorda que desde os tempos de seu saudoso pai, dr. Reni Pires, o problema já existia
“Vai haver uma solução e tudo está se encaminhando para isso”, concluiu.
DURA REALIDADE
A advogada Meures Oliveira se manifestou nas redes sociais sobre a crise existente no Fórum e que, ao que tudo indica, está para ser solucionada, citando vários problemas vivenciados por ela.
Ela destaca a matéria da FOLHA PATRULHENSE, afirmando que o Jornal expôs o que ela considera como “dura realidade que estamos vivendo: o Poder Judiciário local é ineficiente, ineficaz e causa prejuízos aos jurisdicionados”.
Citando as declarações prestadas pela Juíza, dra. Mariana Aguirres Fachel, sobre a nomeação de cinco novos servidores, a advogada afirmou que quem trabalha no dia a dia, sabe que há um engessamento de toda engrenagem.
“Processos que aguardam expedição de alvará desde 10/2021. O que eu digo para o meu cliente? Precisamos aguardar, ele não entende, e acha que a culpa é da advogada. Mas, esta advogada aqui, já pediu, insistiu, cansada, reclamou na corregedoria e o processo segue lá, aguardando a expedição do alvará, e pasmem- é processo de tramitação preferencial. Se este tem preferência , que eu posso esperar daqueles que não têm?”, indaga Meures.
“Este caos era enfrentado antes da pandemia, o Tribunal de Justiça, em 2017, abriu concurso pra um cargo que não existia (técnico judiciário), porque dependia da aprovação de um plano de carreira na Assembleia Estadual, enquanto isso, as vagas abertas foram se acumulando. O plano de carreira só foi aprovado em 2021, e somente agora começam a ser chamados os aprovados”.
Segundo a advogada Meures Oliveira os advogados seguem sufocados, sem audiências presenciais, sem que intimações sejam cumpridas, sem andamento processual, sobrecarregados, sem salário, porque a grande maioria trabalha com o famoso contrato de risco, ou seja, só recebe algum valor quando o cliente recebe o resultado do processo, e para finalizar, vamos levando a culpa pelos processos não “andarem”.
E conclui no seu desabafo nas redes sociais: “Toda sociedade está pagando um alto preço pela ineficiência do Tribunal de Justiça, porém, a parcela mais pobre da população, paga este preço com juro e correção”.