Tradicional carro-chefe das vendas na Expointer, a comercialização de máquinas e implementos agrícolas comemora novo recorde histórico, com R$ 7,3 bilhões (R$ 7.351.431.000) em faturamento, na 46ª edição da feira. O valor representa um aumento de 15% na comparação com a feira do ano passado, que foi de R$ 6,6 bilhões (R$ 6.598.853.022). O faturamento total da Expointer também foi recorde, de R$ 7.986.726.414,99, com crescimento de 11,76%. O anúncio ocorreu na tarde deste domingo (3/9), durante coletiva de imprensa no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).
Conforme Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), a razão das máquinas agrícolas continuarem vendendo é o interesse do produtor pela tecnologia embarcada. “É a oportunidade para o agricultor produzir mais no mesmo pedaço de chão. Fizemos uma grande Expointer, estamos muito satisfeitos e temos certeza de que esses números vão aumentar ainda mais, pois temos que considerar também as pessoas que visitaram os estandes, olharam as máquinas e devem fechar negócio nas próximas semanas”, comemora.
Este ano a entidade trouxe para a feira a temática da sustentabilidade e inovação no agro, sobretudo nas indústrias de máquinas agrícolas. O Parque de Máquinas foi ampliado, o que possibilitou espaço para novos interessados, totalizando aproximadamente 200 expositores. Tradicionalmente, os equipamentos mais procurados na exposição são tratores, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores.
Claudio Bier ressalta o movimento intenso registrado no Parque de Máquinas durante toda a feira: “Ao contrário das edições anteriores, quando o movimento era grande só aos finais de semana, este ano viu-se engarrafamentos e dificuldade para estacionar todos os dias, e isso é um problema bom. O produtor rural e o público urbano vieram ver de perto a qualidade e a tecnologia das máquinas agrícolas fabricadas no Brasil, que estão as melhores do mundo. O nosso setor não perde para nenhum outro país”, assegura.
O Rio Grande do Sul concentra cerca de 65% das indústrias de máquinas agrícolas e implementos usados pelo homem do campo no Brasil. No Estado, o segmento gera cerca de 35 mil empregos diretos e outros 150 mil indiretos.
FUNDOPEM DA IRRIGAÇÃO
Outro assunto caro ao setor é o Fundopem da Irrigação, que foi apresentado para autoridades, produtores e imprensa. A proposta, elaborada pelo SIMERS, prevê incentivos fiscais aos produtores rurais para investimentos na implantação ou ampliação de sistemas de irrigação nas culturas agrícolas, em especial milho e soja. Um grupo de trabalho criado pelo Governo do Estado avalia a viabilidade do projeto, através do chamado Programa de Expansão da Agricultura Irrigada no Estado do Rio Grande do Sul.