Você salva seus dados e arquivos em nuvem? Esse tipo de armazenamento é um modelo no qual os dados digitais são guardados em “pools lógicos”, também chamados de “nuvem“. O processo permite o armazenamento por meio de um provedor de computação que o usuário acessa usando internet pública ou uma conexão de rede privada dedicada.
Segundo o docente do curso Técnico em Informática e orientador educacional profissionalizante do Senac Gravataí, Flávio Silva, a migração para o armazenamento em nuvem está ocorrendo por vários motivos importantes. O docente elencou algumas das principais razões para essa tendência. Confira a seguir.
Escalabilidade e flexibilidade: As empresas podem facilmente aumentar ou diminuir sua capacidade de armazenamento de acordo com suas necessidades em tempo real. Isso permite uma maior agilidade nos negócios, pois não é mais necessário investir em infraestrutura física adicional para acomodar picos de demanda ou dar conta da expansão do negócio.
Redução de custos: Armazenar dados localmente requer investimentos significativos em hardware, servidores, espaço físico, sistemas de resfriamento, energia e pessoal para manutenção e gerenciamento. Com a computação em nuvem, as empresas podem evitar esses altos custos iniciais, bem como os custos contínuos de manutenção. Em vez disso, elas pagam apenas pelos recursos de nuvem que usam, o que permite uma melhor previsibilidade e controle de custos.
Backup e recuperação de desastres: A nuvem oferece uma camada adicional de segurança para os dados, permitindo que as empresas realizem backups automáticos e frequentes dos seus dados. Isso protege contra a perda de informações em caso de falha de hardware, erros humanos, desastres naturais ou ataques cibernéticos. A recuperação de dados também é mais rápida e eficiente na nuvem, pois eles são armazenados em locais geograficamente dispersos e são facilmente restaurados quando necessário.
Avanços tecnológicos: A evolução das tecnologias de virtualização, redes de alta velocidade e infraestrutura de data centers tem impulsionado o crescimento e a confiabilidade da computação em nuvem. Os provedores desses serviços investem continuamente em melhorias de desempenho, segurança e disponibilidade para atender às demandas crescentes das empresas.
O orientador afirma que esses são apenas alguns dos motivos pelos quais a migração para o armazenamento em nuvem tem sido tão popular, porém recomenda análise e planejamento para realizar essa migração: “É importante notar que cada organização deve avaliar suas próprias necessidades e considerar os aspectos de segurança, privacidade e conformidade antes de decidir fazer a transição para a nuvem“, esclarece.
Existem vários provedores desse tipo de serviço no mercado, cada um oferecendo seus próprios sistemas e plataformas. Flávio destaca os principais:
Amazon Web Services (AWS) – É um dos provedores de serviços em nuvem mais populares e abrangentes;
Microsoft Azure: É a plataforma de nuvem da Microsoft. Ela fornece uma variedade de serviços, como hospedagem de máquinas virtuais, armazenamento de dados, análise, aprendizado de máquina, serviços de banco de dados e desenvolvimento de aplicativos;
Google Cloud Platform (GCP): É a plataforma de nuvem do Google. Possibilita serviços para armazenamento, computação, análise de dados, aprendizado de máquina, desenvolvimento de aplicativos e muito mais. A GCP é conhecida por sua infraestrutura escalável e sua expertise em tecnologias de big data;
IBM Cloud: É a plataforma de nuvem da IBM. Entre suas ofertas estão serviços em nuvem para infraestrutura, armazenamento, redes, inteligência artificial, análise de dados, blockchain e muito mais;
Oracle Cloud: É a plataforma de nuvem da Oracle. Ela fornece serviços em nuvem para computação, armazenamento, banco de dados, segurança, desenvolvimento de aplicativos e outros serviços.
Embora ofereça muitos benefícios, esse tipo de armazenamento também apresenta alguns riscos que devem ser considerados. Alguns destacados pelo docente são:
Segurança de dados: Apesar de os provedores de serviços em nuvem implementem medidas de segurança avançadas, nenhum sistema é totalmente imune a ataques cibernéticos. Existe o risco de violação de dados, roubo de informações confidenciais ou acesso não autorizado às contas de nuvem. É essencial garantir que medidas de segurança apropriadas sejam implementadas, como autenticação forte, criptografia de dados, controle de acesso granular e monitoramento contínuo das atividades suspeitas. “É necessário considerar que a segurança na nuvem requer um esforço conjunto entre o provedor e a organização. As empresas ainda têm a responsabilidade de proteger corretamente seus dados e aplicar práticas de segurança recomendadas, como o uso de senhas fortes, o treinamento dos funcionários em conscientização de segurança e a implementação de medidas de segurança em suas próprias aplicações e sistemas. Além disso, é importante avaliar as políticas de segurança e privacidade do provedor de serviços em nuvem, entender os acordos de nível de serviço e garantir que eles estejam em conformidade com os requisitos específicos da organização”, ressalta.
Conformidade regulatória: Dependendo do setor e da localização geográfica, as organizações podem estar sujeitas a regulamentações específicas sobre privacidade e segurança de dados. Ao usar serviços em nuvem, é importante garantir que o provedor atenda a essas regulamentações e ofereça salvaguardas adequadas. Além disso, é necessário entender quais responsabilidades cabem à organização em termos de conformidade regulatória ao utilizar a nuvem.
Disponibilidade do serviço: A dependência de serviços em nuvem significa que as organizações estão sujeitas à disponibilidade desses serviços. Se houver interrupções ou falhas nos sistemas do provedor de nuvem, a instituição pode enfrentar indisponibilidade temporária dos dados e aplicativos. É importante que as empresas compreendam os acordos de nível de serviço (SLAs) do provedor de nuvem e tenham planos de contingência em caso de interrupções.
Dependência do provedor: Ao migrar para a nuvem, as organizações se tornam dependentes do provedor de serviços em nuvem escolhido. Isso significa que a confiabilidade, a segurança e o desempenho dos serviços de nuvem dependem da qualidade e do profissionalismo do provedor. É essencial realizar uma pesquisa cuidadosa ao selecionar um provedor de serviços em nuvem confiável, avaliar sua reputação, histórico de segurança, suporte ao cliente e estabilidade financeira.
Perda de controle físico: Ao armazenar na nuvem, as empresas confiam na infraestrutura física do provedor de serviços contratado. Isso significa que elas não têm controle direto sobre a segurança física dos servidores e data centers onde seus dados estão armazenados. Assim é importante entender e avaliar as práticas físicas de segurança adotadas pelos provedores.
“É fundamental que as organizações avaliem cuidadosamente esses riscos e implementem medidas apropriadas para diminuí-los. Isso inclui adotar práticas de segurança sólidas, realizar backups regulares dos dados, monitorar ativamente a atividade de segurança e ter um plano de resposta a incidentes, caso ocorra uma violação de segurança”, finaliza.
Essas e outras dicas de armazenamento em nuvem podem ser conferidas no curso Técnico em Informática do Senac Gravataí que está com inscrições abertas. Para se inscrever, basta acessar o site da escola. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (51) 3822-3200 ou WhatsApp (51) 99202-4652. O Senac Gravataí fica localizado na avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, 480, no bairro Centro.