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Zenaide Ourique fala sobre o papel do pai na encenação das Cavalhadas

A folclorista Ana Zenaide Gomes Ourique, relembra com saudades da participação de seu pai, “seu Gita” nas Cavalhadas. “Sempre ouvia o pai falando que participou desde 1931. Iniciou na festa do Divino, na Igreja Matriz. Quando construí meu livro, com Célia Jachemet, realizei entrevista com ele e citou que a partir da data de 1931 só não correu em 1950 em Tavares. Contava, com orgulho, que completou “Bodas de ouro”.
Mas a encenação em Santo Antônio da Patrulha é bem mais antiga: data do fim da Revolução Farroupilha e muita gente apreciava aquelas apresentações.
Em 1981, João Gomes dos Santos (Gita) reorganizou o grupo e correu na localidade de Morro Grande, Barro Vermelho e Esteio, na Segunda Multifeira. “Sempre foi um apaixonado pelas tradições e ficava bravo quando alguém se apresentava e não fazia com perfeição. No Festival do Sonho nos anos 1984, 1985 e 1986 orientou o grupo mas não correu, porque teve um problema de saúde”, explica sua filha.

GRANDE PÚBLICO
Pelo que Ana Zenaide recorda, as Cavalhadas naquela época e pelo que lembra, atraíam um grande público. “Jamais alguém assistiria Cavalhadas sem observar e aplaudir cada um. Não se admitia esquecer o lenço branco para acenar na hora da despedida. Aguardavam com ansiedade a quem seria entregue a argolinha. Ela tinha um significado especial. Simbolizava o perdão ou reconhecimento ou ainda a prova de amor quando entregavam às esposas ou namoradas”, conclui.

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