Do Jornal do Comércio/Imprensa Palácio Piratini
Depois de receber o primeiro parque eólico de grande porte do País, inaugurado em 2006, Osório pode ter mais empreendimentos dessa natureza sendo materializados nos próximos anos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a implantação e exploração dos projetos Lagoa dos Barros 1, 2 e 3 no município, assim como da usina Chicolomã, em Santo Antônio da Patrulha.
A liberação para as iniciativas seguirem adiante foi dada pelo órgão regulador do setor elétrico à Lagoa dos Barros Energética. A empresa é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) cujo proprietário é o FIP Pirineus, um fundo de investimento em participações, em que os cotistas são os acionistas da Tradener, uma tradicional comercializadora de energia do mercado nacional.
O diretor da Lagoa dos Barros Energética e de Novos Negócio da Tradener, Ricardo Aquino, informa que a estimava, atualmente, do investimento necessário para erguer as quatro usinas é de cerca de R$ 600 milhões. Os parques eólicos somam uma potência total de 94,52 MW (cerca de 2,5% da demanda média de energia elétrica do Rio Grande do Sul) e, por enquanto, prevê a implantação de 17 aerogeradores.
Aquino lembra que os complexos já participaram de alguns leilões tentando comercializar a futura geração de energia dentro do ambiente regulado para atender ao sistema elétrico interligado nacional. No entanto, não obtiveram êxito. “A grande dificuldade é a competição com os empreendimentos do Nordeste, que têm um fator de capacidade maior em função do vento médio superior”, comenta o executivo.
No entanto ele frisa que o Rio Grande do Sul também possui vocação para a atividade com características favoráveis no Litoral Norte e no Sul do Estado.
Há poucos anos a possibilidade de implantação de usinas eólicas em Santo Antônio já havia sido levantada depois que surgiu interesse por parte de uma multinacional espanhola, aproveitando a região da Lagoa dos Barros.