Idealizador do Festival do Acordeon, o famoso acordeonista que tem projeção nacional e internacional, mesmo atualmente morando longe do Município, continua vinculado à sua terra natal. Ele falou com a FOLHA PATRULHENSE sobre o importante evento que chega à sua quinta edição neste dia onze, quinta-feira da semana que vem.
“No Rio Grande do Sul o instrumento que a Assembleia Legislativa instituiu como símbolo da música gaúcha, foi a gaita. No nordeste a sanfona (gaita) é responsável por inúmeros festivais. Em Santa Catarina, de 10 anos pra cá, mais de 50 edições já aconteceram. E em nosso Estado, não havia nada”. Assim se manifesta Samuca do Acordeon a respeito de um dos mais populares instrumentos musicais. E prossegue: “Então procurei o prefeito Daiçon Maciel, que aceitou o desafio de fazermos o festival em Santo Antônio da Patrulha. Ao final do evento, mais de mil pessoas presentes, mais de uma tonelada de alimentos arrecadados, então perguntei no microfone, frente ao público: Faremos a segunda edição ano que vem? Ele respondeu que sim. E de lá pra cá, apenas em 2020 não fizemos, devido à pandemia”.
HONEYDE BERTUSSI
Além dos nomes que estarão se apresentando, sendo todos grande referência no Brasil: Daniel Hack, Wilian Wengen, Edilberto Bérgamo e Gilney Bertussi, o festival fará uma homenagem ao gaiteiro Honeyde Bertussi (In memoriam) pelo seu centenário.
UM RETORNO ÀS ORIGENS
Indagado sobre o grande interesse demonstrado pelas crianças e jovens por este instrumento musical, Samuca salienta que na verdade, esta volta de interesse por pessoas de várias idades, a começar pelas crianças, apenas está nos remetendo ao que acontecera no passado. “Pois pelo menos da década de 30 até a década de 60, o acordeon era moda. Não só na música brasileira (em todos os Estados e estilos musicais) como um tradicional presente dado aos jovens.
LONGE DA TERRA
Morando atualmente no município de Marques de Souza, perto de Lajeado, em função das atividades profissionais da família Samuca explica que está atuando como encarregado geral da empresa que é especializada na implantação de guard-rails, não esquece do acordeon: “Tenho atuado na música continuamente em festivais, acompanhando o cantor João de Almeida Neto e principalmente em eventos corporativos. Tenho um duo com violino onde tocamos choro, música gaúcha, argentina, italiana, francesa, hinos e com este temos viajado pelo Brasil. Também estou cursando o último ano da faculdade de Teologia na ULBRA Canoas”.
Por fim, o famoso acordeonista, que é natural de Santo Antônio da Patrulha frisa que o Festival de Acordeon, após Santo Antônio concretizá-lo, já acontece em cidades como Capão da Canoa, Osório e Santana do Livramento. “E tem como um dos principais focos, mostrar a versatilidade deste instrumento que se presta para tocar diversos estilos musicais na música regional em todo o mundo”, conclui.