Quando a mulher é agredida, ela deve, sim, comunicar às autoridades, afirma Ana Paula Furlan Teixeira

Na edição anterior, a FOLHA PATRULHENSE iniciou a abordagem de um tema que tem sido destaque na Imprensa: a violência contra a Mulher.
A Juíza, Dra. Ana Paula Furlan Teixeira, aborda esta questão de forma a sensibilizar àquelas que são vítimas deste tipo de violência para que não fiquem caladas por medo da reação do agressor.
Ana Paula tem manifestado grande preocupação com este assunto que lamentavelmente termina, muitas vezes, em feminicídio, num ato de verdadeira covardia contra aquela que deveria ser vista como pessoa que está ao lado daqueles com quem estavam vivendo. Oportuno sempre lembrar que, quando a Mulher está decidida a se separar, muitas vezes num diálogo franco e até mesmo num aconselhamento de casais, tal intenção pode ser transformada num reencontro que termine em momentos melhores, em que tanto o homem como a mulher reconheçam onde falharam para um recomeço. Mas se isso não for possível, a decisão deve ser respeitada. Pode ser sofrida, mas nada como o tempo para curar feridas.
A DENÚNCIA
Nesta segunda reportagem da série, a Juíza começa por afirmar que, quando nada mais é possível e o homem começa a apelar para a violência, para desmistificar este tipo de cultura machista, a mulher deve denunciar o indivíduo na Delegacia de Polícia e ele vai ser preso, ou não, dependendo muito do histórico de ocorrências. “É importante salientar que eles são presos por causa da conduta deles, e não por culpa de vocês, mulheres”, deixa claro a magistrada.
A pena infelizmente não é alta. E há muitos casos em que a própria vítima vai à Delegacia para retirar a queixa na ilusão de que ele vai se corrigir, mas infelizmente não é isso o que geralmente acontece.
RAZÕES EMOCIONAIS
“O que vemos na prática é que ela perdoa por vários motivos, seja financeiro, emocional, ou outros. Às vezes até pelo fato de que o agressor a controlava tanto que, sozinha, ela encontra dificuldades até para atividades rotineiras, como ir ao banco, por exemplo.
E há outra questão: Ela termina muitas vezes perdoando o companheiro pelo bem da família”.
OS FILHOS
Porém a juíza esclarece: “Os filhos querem mães felizes e saudáveis. Quem vive neste ambiente de violência não tem como ter uma vida saudável. Pelo bem da família, portanto, às vezes o pai e a mãe devem ficar separados, porque, caso contrário, o ambiente continuará pesado em casa”, conclui a Juíza Ana Paula Furlan Teixeira.

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