Prefeito anuncia grande limpeza nos canais e arroios que cortam a cidade

O recente ciclone que devastou o município de Santo Antônio da Patrulha, a exemplo do que aconteceu em uma magnitude maior em Caraá, trouxe de volta um crônico problema que tem ocorrido no centro, sempre que ocorrem chuvaradas mais intensas: os alagamentos. Desta vez, no entanto, a situação foi muito pior do que até então acontecia, com registros de precipitação pluviométrica de até 200 mm.
Além de residências, cujos proprietários tiveram grandes prejuízos porque muitos imóveis atingidos pela água praticamente ficaram inutilizados e o resultado foi centenas de peças descartadas e colocadas na frente das casas, à espera de que as firmas de recolhimento de restos de materiais de construção e outros bens móveis inutilizados pela água fizessem a retirada.
GRANDE LIMPEZA
A FOLHA PATRULHENSE procurou ouvir o prefeito municipal a respeito deste problema, já que a cidade sofreu muito com o ciclone e vilas populares foram bastante castigadas como a Passo da Figueira, onde as águas invadiram as casas, fazendo com que moradores tivessem que deixar apressadamente suas casas construídas à beira do arroio que corta aquele loteamento.
Ali houve até o registro de uma casa que foi arrastada pelas águas e o único morador só teve tempo de pular por uma janela e segurar-se a uma árvore para não ser arrastado pela correnteza.
Neste mês de julho, segundo revelou o prefeito municipal, a secretaria municipal de Obras, Trânsito e Segurança deverá efetuar uma grande limpeza, não só no Arroio Pitangueiras, mas também no arroio Passo dos Ramos.
Rodrigo Massulo disse que a limpeza será feita de forma bem substancial como há muitos anos não acontecia na cidade.
Tanto em um como em outro canal, o que se observa é grande quantidade de entulhos como sofás, pneus, motores de veículos, etc, o que termina se acumulando, trancando a passagem da água com o que, acontecem as grandes inundações.
Mas o prefeito salienta que, mesmo que o canal já estivesse limpo, não teria como suportar o grande volume de água despejado pela chuva torrencial, mas já teria aliviado o problema.”E temos agora o El Niño pela frente, isso nos preocupa, mas este trabalho deverá amenizar o problema”, destacou Massulo.
COMÉRCIO
Esta é a expectativa dos comerciantes e empresários locais, muitos deles surpreendidos pela invasão de suas lojas pela correnteza e que nunca haviam se deparado com situação igual à ocorrida entre 15 e 16 de junho. Nas lojas mais centralizadas, onde este fenômeno já aconteceu em outras ocasiões, a enxurrada foi tão forte que a água entrou cerca de 30 centímetros dentro do estabelecimento, como foi o caso da Arte e Costura da empresária, Sônia Oliveira. Ela disse que teve prejuízos consideráveis uma vez que a mercadoria situada mais próxima ao piso foi totalmente inutilizada pela água. Sônia afirma que o prejuízo foi total já que os comerciantes, quando vão fazer o seguro, geralmente só o fazem de prevenção contra incêndios, não pensando que possíveis inundações possam causar sérias dores de cabeça, como foi o fato ocorrido neste alagamento.

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