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Obras emergenciais melhoram nível do Gravataí e abastecimento é preservado

Corsan trabalha no escoamento da água da Barragem do Incra, em Viamão, e Prefeitura espera ainda soluções permanentes.

A melhora do nível do Rio Gravataí, a partir das medidas articuladas pela Prefeitura de Gravataí junto à Corsan, dá fôlego, ainda que provisoriamente, ao abastecimento da população e devolve ao rio a capacidade de sustentar o delicado ecossistema da região, castigado por mais uma estiagem. O volume de água disponível nos pontos de captação da companhia em Gravataí tem aumentado de forma constante nas últimas semanas, e as medições – que chegaram a estar zeradas no início de janeiro – ultrapassaram um metro nesta semana.

À medida em que a dragagem nos seis quilômetros de extensão do Canal do DNOS avança, a água da Barragem do Incra, em Viamão, atravessa o Banhado dos Pachecos e alimenta o chamado pulmão do Gravataí e, mais à frente, encontra a contenção de um metro de altura construída no Bairro Mato Alto, em Gravataí.

Essas duas ações combinadas garantem, de forma emergencial, que o rio atenda à demanda da cidade pelo recurso hídrico. “As medidas implementadas até o momento evitam a falta de água neste verão, mas estamos cobrando o governo do Estado e a Corsan para que a questão do abastecimento seja resolvida definitivamente. Vamos continuar auxiliando, com a Guarda Municipal, com a Defesa Civil, vamos envolver a Granpal e os deputados da região para mudarmos o jeito de olhar para o Gravataí, não se pode esquecer do rio no inverno”, destaca o prefeito de Gravataí, Luiz Zaffalon.

Além do alívio de ver água fluindo em seu leito, uma cena dominava a paisagem à beira do Gravataí nesta terça-feira (31/1). Milhares de macrófitas (plantas aquáticas) cobriam a superfície do manancial, formando uma espécie de tapete natural que ia de uma margem a outra na região do Mato Alto. Conforme o geólogo e coordenador técnico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Bem Estar Animal (Sema), José Alberto Cariolatto, trata-se de um evento sazonal e de duração rápida. “As macrófitas têm um curto ciclo de vida e contribuem para a purificação da água.”

De acordo com o especialista, a concentração verificada naquele trecho do rio tende a diminuir nos próximos dias. A aposta está nas previsões meteorológicas. “O vento soprou na direção sul, retardando o deságue do Guaíba na Lagoa dos Patos, fenômeno que ajudou no represamento das macrófitas”, resume Cariolatto.

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