A Tradener, empresa comercializadora de energia livre e gás natural, anunciou nesta segunda-feira (20) seus planos para investir em energia eólica. A companhia pretende inaugurar, nos próximos cinco anos, um novo parque eólico no Rio Grande do Sul, com capacidade de injetar 80 MW de energia no sistema nacional. A planta será instalada no litoral gaúcho, entre as regiões de Santo Antônio da Patrulha e Osório. Essa força de geração equivale hoje a aproximadamente 4% da capacidade eólica do Rio Grande do Sul. O investimento no empreendimento é estimado em cerca de R$ 500 milhões.
O CEO da empresa, Guilherme Avila, disse que o projeto denominado de Chicolomã, já está definido para o início das obras, dependendo apenas de algumas questões como o fator cambial. “Com o câmbio como está, o custo de implantação cresceu mais que o preço (de venda) que a energia consegue comportar”, explicou. O executivo cita que há outras questões, tais como as taxas de juros no Brasil nesse momento e o fato do país começar a registrar alguma sobra de energia, o que interfere diretamente na queda dos preços.
Para ele – segundo matéria no Correio do Povo – o ano de 2024 teve um desempenho positivo, marcado pela diminuição de limitações para que mais consumidores pudessem ingressar nesse ambiente livre de contratação de energia. “Esse cenário ampliou a possibilidade para todos os usuários ligados em alta tensão (Grupo A), deu uma grande dinâmica para o mercado e movimentou todo o setor”, diz ele.
MIGRAÇÃO
Avila comenta que a perspectiva é que nos próximos anos todos os consumidores do Brasil, incluindo os residenciais, possam entrar no ambiente livre de comercialização. Os clientes que já fizeram essa migração alcançaram uma redução média de 30% em suas contas de energia.
A Tradener já participa atualmente de outro projeto eólico no Rio Grande do Sul. Conhecido como parque Gran Sul, no município de Santa Vitória do Palmar, o empreendimento é conduzido pela Statkraft Energias Renováveis e deve gerar cerca de 300 MW.
CLIENTES QUE MIGRARAM
A comercializadora estima alcançar em 2025 a marca de 300 clientes que migraram do mercado cativo para o livre. Conforme Ávila, a perspectiva é que, nos próximos anos, todos os consumidores do Brasil, incluindo os residenciais, possam entrar no ambiente livre de comercialização. Segundo ele, os clientes que já fizeram essa migração alcançaram uma redução média de 30% em suas contas de energia.