Novo modelo de urna fica disponível para treinamento na Central de Atendimento ao Eleitor até o fim do mês

Cerca de 225 mil novos aparelhos serão utilizados no pleito deste ano.

Priscila Milán

Auxiliar o eleitorado para o exercício da cidadania faz parte do trabalho da Central de Atendimento ao Eleitor de Gravataí, coordenada pela juíza Débora Sevik. Titular da 71ª Zona Eleitoral, que também abrange Glorinha, a magistrada destaca que todos os que tiverem interesse em conhecer o novo modelo de urna eletrônica e treinar a votação podem utilizar o aparelho disponibilizado na sede da Justiça Eleitoral (Rua Angelino Loranzi, 253, bairro Salgado Filho) até 30 de setembro. Com a familiarização dos eleitores aos equipamentos e ordem de votação (deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente), uma das intenções é facilitar e agilizar o processo no dia do pleito. Das 577 mil urnas que serão usadas nas Eleições Gerais deste ano, cerca de 225 mil correspondem ao modelo de 2020 (o último era de 2015). Conforme o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), serão substituídos aparelhos fabricados em 2006 e 2008.

O que muda

O TSE ressalta algumas mudanças do novo modelo de urna:
– O processador do tipo System on a Chip (SOC) é dezoito vezes mais rápido que o modelo 2015;
– Por não precisar de recarga, a bateria do tipo Lítio Ferro-Fosfato exige menos custos de conservação;
– A mídia de aplicação do tipo pen drive traz maior flexibilidade logística para os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) na geração de mídias;
– A expectativa de duração da bateria é por toda a vida útil da urna;
– O terminal do mesário passa a dispor de tela totalmente gráfica, sem teclado físico, e superfície sensível ao toque;
– O novo modelo conta com um teclado aprimorado, com teclas com duplo fator de contato, o que permite ao próprio teclado acusar erro, caso haja mau contato ou tecla com curto-circuito intermitente;
– As urnas eletrônicas que serão utilizadas nas Eleições 2022 contarão com novidades em termos de acessibilidade, uma voltada para pessoas com deficiência visual, e outra para pessoas com deficiência auditiva. Agora serão falados os nomes de suplentes e vices, e será possível cadastrar um nome fonético. Além disso, será incluída uma apresentação de um intérprete de Libras na tela da urna, para indicar quais cargos estão em votação.

O que continua igual

– As urnas eletrônicas não se conectam a nenhum tipo de rede, internet ou bluetooth;
– É utilizado o que há de mais moderno em termos de criptografia, assinatura e resumo digitais, garantindo que somente o sistema e programas desenvolvidos pelo TSE e certificados pela Justiça Eleitoral sejam executados nos equipamentos;
– Estão mantidas as etapas de segurança que integram o Ciclo de Transparência Democrática, como, por exemplo, a cerimônia na qual, após a inspeção dos códigos-fontes do sistema e dos programas por partidos, entidades públicas e universidades, todo o conteúdo é lacrado, recebendo a assinatura digital de autoridades, e trancado na sala-cofre do Tribunal;
– Há possibilidade de auditoria das urnas, antes, durante e após a votação, pelos partidos e instituições fiscalizadoras que integram a Comissão de Transparência das Eleições e pela sociedade em geral;
– Impressão da zerésima (comprovante que mostra que, no início da votação, não há voto registrado na urna para nenhuma candidatura);
– No dia da eleição, continua a ser realizado o Teste de Integridade em dezenas de urnas que já estavam prontas para uso.

Celular é proibido na cabine de votação!

Uma determinação do TSE para as eleições é que os eleitores deixem o celular com os mesários antes de votar. O aparelho deve ser entregue junto com o documento de identificação. O objetivo é garantir o sigilo do voto, que está previsto na Constituição Federal. A mesma regra vale para equipamentos como máquinas fotográficas. Em caso de descumprimento, os mesários poderão acionar o juiz responsável pela Zona Eleitoral. Em alguns casos, a Polícia Militar poderá intervir.

Trabalho nos cartórios eleitorais

Segundo a juíza eleitoral, o trabalho nos cartórios das zonas 71ª e 173ª é desenvolvido paralelamente à preparação para as eleições, que têm o primeiro turno marcado para dois de outubro. “Encerrado o prazo do voto em trânsito, em 18 de agosto, estamos ainda em fase de convocações dos mesários e dos auxiliares eleitorais, bem como na realização de simulados e testes das urnas eletrônicas. Este mês, haverá os treinamentos presenciais dos mesários, que ocorrerão entre os dias 12 e 17 de setembro, no Plenário da Câmara Municipal de Gravataí”, ressalta. A capacitação dos mesários em Glorinha, na sede do Legislativo, está prevista para o dia 19 de setembro.

O chefe de cartório da 71ª Zona Eleitoral, Diego Dias de Castro, explica que no período que antecede a votação, além das orientações aos 2.310 mesários e administradores de prédio e preparação da logística das eleições, são atribuições analisar as prestações de contas anuais e eleitorais dos pleitos e anos anteriores; apoiar no atendimento às demandas dos eleitores e partidos; fornecer informações sobre o evento e suporte em ações educativas para combater à desinformação acerca do pleito e das urnas eletrônicas.

“Não tivemos casos de fraudes desde o advento da urna eletrônica. A população de Gravataí e Glorinha pode ficar tranquila e segura quanto ao pleito de 2022, confiando nos seus próprios cidadãos, os quais superam os 2.500 voluntários envolvidos na logística das Eleições Gerais”, frisa Dra. Débora Sevik, lembrando que são 26 anos de implementação do voto eletrônico.

A juíza da 173ª Zona Eleitoral é a Dra. Solange Moraes. A chefe de cartório é Márcia Veronique da Rocha Lahude. O atendimento no prédio da Justiça Eleitoral de Gravataí ocorre das 12h às 19h, de segunda a sexta-feira.

Perfil do eleitorado

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente o eleitorado de Gravataí é formado por 191.626 pessoas, sendo que o maior percentual corresponde à população feminina (53%). São 100.831 mulheres e 90.795 homens (47%) com cadastro eleitoral. A biometria segue suspensa, porém 53,35% dos eleitores da cidade já a fizeram, o que corresponde a 102.238 cidadãos. Quanto ao perfil dos votantes locais, o TSE também informa a escolaridade: a maioria não possui a formação básica completa. São 28,85% (55.283 eleitores) que têm o ensino fundamental incompleto e 24,41% (46.778) que não concluíram o ensino médio.

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