A Defesa Civil alerta para a situação da Estação de Captação de Água do Rio Gravataí, que passou, nesta semana, a ser considerada crítica, após boletim emitido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Com o nível abaixo de 50 centímetros, a captação para abastecimento das indústrias e da agricultura está ocorrendo de forma alternada, dia sim e dia não. Já para o consumo urbano segue normalmente.
De acordo com a Resolução CRH/RS Nº 390/2021, da Sema, com o nível abaixo de 0,5 m, a captação direta, para indústrias e agricultura, deveria ser interrompida, visando à garantia da manutenção da água nas residências. No entanto, por meio de um acordo entre os usuários, ainda está ocorrendo, de forma alternada.
Por meio da Defesa Civil (DC) e da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FMMA), a prefeitura está tomando todas as medidas possíveis para minimizar os impactos da falta de chuva. De acordo com o coordenador da DC, Paulo Roberto, a estiagem é fruto do fenômeno climático La Niña, que, pelo segundo ano consecutivo, atinge o Hemisfério Sul, afetando, diretamente, a região Sul do país.
“O que está ocorrendo é um fenômeno natural. O governo vem, de todas as formas, trabalhando para diminuir os efeitos, mas é preciso um esforço coletivo”, disse Paulo. O coordenador reforçou ainda que: “todos nós somos a Defesa Civil, pois somos responsáveis pelo meio ambiente e a conscientização da sociedade, neste momento, é imprescindível”.
Na FMMA, os níveis estão sendo monitorados, semanalmente, e todos os casos de irregularidades são notificados para a FEPAM, que é o órgão responsável pelo rio. “Solicitamos, inclusive, medidas restritivas para o uso de água na bacia, uma vez que a principal preocupação é com o abastecimento da cidade”, ressaltou o diretor-presidente da FMMA, Paulo Moreira.
Em visita à estação, o gestor da Corsan, Ramos Modinger, reforçou: “hoje, nós estamos captando com as bombas, mas, se a estiagem persistir, teremos que acionar as balsas, que têm a mesma capacidade de captação, mas isso significa que o rio estará em uma situação ainda mais crítica. Para que isso não ocorra, pedimos o auxílio da população para que não desperdice água potável. Assim, passaremos, por este período, sem a necessidade de racionamento”.