Moradores de diversas localidades do interior do município que foram atingidas pelo temporal de terça-feira (16), à noite, que começou por volta de 23h30min e continuou no começo da madrugada, realizaram protesto dois protestos, um na semana passada e outro nesta segunda-feira (22), junto ao escritório da CEEE Equatorial localizado na Avenida /Afonso Porto Emerim para onde se dirigiram, a fim de pedirem providências devido ao que consideram como descaso por parte da Companhia em virtude do prolongado período em que ficaram se luz. Uma das comunidades atingidas foi o Arroio do Carvalho, mas no mesmo dia a energia foi restabelecida. Isso fez com que o prefeito movesse uma Ação Civil Pública contra a Companhia, como você poderá ler no decorrer desta matéria.
No entanto localidades como Roça Grande, Catanduvinha, dentre outras, ficaram quase uma semana sem luz.
Em Roça Grande um morador foi prejudicado pela queda de um poste, que foi retirado no sábado (20), porém não havia sido feita reposição até pelo menos no domingo (21).
A maioria dos consumidores teve prejuízos com alimentos estragados porque estavam em geladeiras e congeladores.
ÁGUA
Além disso, como não havia energia, também o sistema de abastecimento de água no interior foi atingido, já que, sem energia para acionar os motores, não havia como canalizar a água até as residências.
ÁGUA POTÁVEL
Devido a mais este problema, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiro Militar apelaram à comunidade para que doassem água potável em galões para suprir as necessidades básicas das famílias atingidas.
Assim, milhares de litros d’água foram levados pelos bombeiros, Defesa Civil e Jipeiros até às comunidades prejudicadas pela falta do precioso líquido.
As doações devem ser feitas sob a forma de galões de cinco litros.
AGASA
Um morador da agasa também manifestou indignação com a CEEE Grupo Equatorial pelas constantes faltas de luz. Disse entender que às vezes por manutenção, é preciso deslizar a rede para realizar o trabalho, afirmando também reconhecer que devido as chuvas e ventos fortes, falta energia.
Porém, o que ele reclama é que esse problema afeta aquela comunidade afirmando que às vezes, por curto período de chuva, já falta luz, sem contar do risco que todos correm de queima de eletrodomésticos. Esse problema, segundo disse, já se prolonga por três anos e até agora não houve solução.
Por fim, disse compreender que os trabalhadores da Companhia sempre estão trabalhando, tentando normalizar, mas que apesar disso, não está sendo resolvido o problema.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A situação se tornou, a tal ponto insustentável, que o prefeito Rodrigo Massulo se viu obrigado a mover uma Ação Civil Pública ainda na tarde de segunda-feira (22), após o segundo protesto de moradores na sede do escritório local da Companhia naquele mesmo dia pela manhã. Ele esteve no local conversando com os moradores e solidarizando-se com os problemas enfrentados por eles, afirmando que não tinha mais cabimento eles passarem por situação tão difícil como a que estavam vivenciando.
“Entendemos que os vendavais afetaram pesadamente a rede elétrica, mas consideramos inadmissível que a energia ainda não tenha sido restabelecida, quase uma semana depois do ocorrido. Desta forma, devido a falta de agilidade da Equatorial em resolver a situação, decidimos pela via judicial para tentar solucionar a questão”, enfatizou o prefeito Rodrigo Massulo.
SEM COBRANÇAS
Além de solicitar a religação da luz, com urgência, a Ação Judicial ainda determina que não seja cobrado qualquer tipo de taxa referente ao período em que as pessoas atingidas estejam sem o fornecimento de energia regularizado, bem como a imposição de multa diária de R$ 50 mil à Equatorial, em caso de descumprimento.
SOLIDARIEDADE
Os vereadores João Luis Moreira da Silva (Bacana), Gabriel Diedrich e Vieira, acompanharam os moradores que realizaram o protesto pacífico no interior do escritório da Companhia, apoiando-os em virtude da grave situação que estavam enfrentando.
