A Moenda da Canção promete ter mais uma edição histórica de 8 a 10 de agosto em Santo Antônio da Patrulha.
Além de primar pela qualidade e diversidade musical, o festival traz shows pensados especialmente para o público que deve lotar as dependências do Ginásio Municipal Caetano Tedesco.
Um deles (veja a programação completa ao fim do texto), em especial, traz consigo a reunião de um projeto que tem artistas emblemáticos para a discografia da música gaúcha. Antonio Villeroy, Gelson Oliveira e Nelson Coelho de Castro se reúnem mais uma vez e formam novamente o projeto Juntos na noite de domingo (10) no encerramento do festival. Não bastasse o encontro dos três, o show tem uma simbologia especial pois irá homenagear Bebeto Alves, o quarto integrante da trupe que faleceu em 2022. “Já era intenção nossa trazer o show há umas três edições anteriores da Moenda. Todos eles têm uma história com o festival desde suas primeiras edições, seja participando ou por afinidade musical. Era algo natural, dentro da nossa programação, mas infelizmente o Bebeto nos deixou. Retomamos com o Villeroy a ideia e felizmente conseguiremos ter um espetáculo pensado para o festival e que, inclusive, já foi contratado para outras apresentações em Porto Alegre devido a importância que tem esta reunião”, conta o presidente da Moenda – Associação de Cultura e Arte Nativa, Nilton Júnior da Silveira.
Residindo atualmente em Portugal, Villeroy lembra que o coletivo Juntos, fez sua estreia em novembro de 1997, com um show no Auditório Araújo Vianna. “Gravamos dois álbuns e realizamos mais de uma centena de shows no Brasil, Uruguai, Argentina e pela Europa. Com a partida do Bebeto, o grupo se desfez. O show é um tributo a ele. Portanto, há uma grande expectativa em torno do nosso reencontro. Seremos os três no palco, e o repertório inclui canções que fizeram parte das diferentes fases do Juntos, boa parte delas compostas em parceria por nós quatro, como Pedra da Memória, Borogodó dos Cafundó, Povoado das Águas e Ouro Sol Amarelo Verão, além de canções individuais de cada um, incluindo Mais Uma Canção, do Bebeto e Fernando Corona”, adianta Villeroy.
A programação reserva mais dois shows muito esperados pelo público. Na sexta-feira (8) Rafa Machado, ex-vocalista da Chimarruts, traz clássicos da banda e músicas autorais na levada do reggae e do litoral gaúcho, no festival que ao longo de sua trajetória soube muito bem fazer a união da música do Estado, seja ela nativista, litorânea, urbana, com o restante do País. Agora, em carreira solo, ele lançou em maio nas plataformas digitais e rádios o single “João Pessoa”. Com 20 anos de carreira Rafa Machado deve lançar até o fim deste ano um álbum de inéditas.
No sábado (9), uma família que está ligada a Moenda desde as primeiras edições com certeza vai emocionar o público da Moenda. Os Fagundes sobem ao palco, após a apresentação das 14 concorrentes da noite. Neto Fagundes, por exemplo, estreou no festival na segunda edição cantando Morada Noturna ao lado de Chico Saratt e sendo vencedor. Voltaria a receber o troféu máximo do festival na sétima edição com Os Sete Fuzilados, composição sua e de seu tio Nico Fagundes, ao lado de Ernesto Fagundes, e um ano depois com O Sul Por Vida, de Mauro Moraes, junto de Luiz Carlos Borges, também vencedora dos prêmios de Melhor Música na Opinião do Público, Melhor Conjunto Vocal e Instrumentista.
Ernesto, por sua vez, na 13ª edição venceu com Sul, dele e de Nico Fagundes, o troféu de melhor arranjo. Mas foi antes, na 11ª edição, que ele, Neto e o caçula dos irmãos, Paulinho, eternizaram seus nomes na história da Moenda. O Festival, de Fernando Corona, foi a Melhor Música na Opinião do Público e segunda colocada. Apesar de não ser a vencedora tornou-se um hino da Moenda, contando justamente as agruras, as alegrias, a expectativa e a confraternização, sentimentos comuns aos músicos participantes dos festivais.
DIVERSIDADE E QUALIDADE MUSICAL
Ao longo de suas edições a Moenda primou pela variedade de estilos musicais, abrindo palco para músicos e gêneros vindo de todas as partes do Brasil. Nesta, não seria diferente. Mazurca, Valsa, Milonga, Chacarera, Chamame, Rock, formam o mosaico da 38ª edição reunindo canções vindas de São Borja, Santana do Livramento, Porto Alegre, Santa Maria, Osório, Jaguarão, Pelotas, Santo Antônio da Patrulha e de São Paulo, Minas Gerais e Florianópolis.
Durante a triagem Gujo Teixeira, Samuca do Acordeon, Robledo Martins, Kauanny Klein e Bianca Bergmam analisaram 1.217 músicas inscritas, incluindo aí as concorrentes a 4ª Moendinha e a 14ª Moenda Instrumental. Destas, oito sobem ao palco na sexta-feira nas categorias mirim e juvenil. Logo após, seis concorrentes da Instrumental mostram virtuoses do piano, bandolim, acordeon, flauta, violão em Choros, Candombes e outros ritmos. No sábado, 14 composições concorrem a 10 vagas para a final de domingo, juntamente com duas classificadas da Instrumental. Aliás, a música instrumental sempre teve espaço garantido no festival que foi inovador ao ser o primeiro a ter uma noite dedicada a ela.
A 38ª Moenda da Canção, a 14ª Moenda Instrumental e a 4ª Moendinha são uma produção da R.Morais Produtora e JBA Produções Culturais, com patrocínio de Da Colônia Alimentos Naturais, De Mello e Arroz Massulo, apoio da Prefeitura Municipal de Santo Antônio da Patrulha, realizada pela Moenda – Associação de Cultura e Arte Nativa e tem financiamento do PRÓ-Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Serviço:
O que: 38ª Moenda da Canção, 14ª Moenda Instrumental e 4ª Moendinha.
Quando: 8 a 10 de agosto – sexta e sábado às 20h e domingo às 19h.
Onde: Ginásio Municipal Caetano Tedesco, em Santo Antônio da Patrulha.
Quanto: Entrada franca.
Shows: Rafa Machado – sexta-feira (8) + 4ª Moendinha e 14ª Moenda;
Os Fagundes – sábado (9) + concorrentes da 38ª Moenda da Canção;
Juntos com Antonio Villeroy, Gelson Oliveira e Nelson Coelho de Castro no tributo a Bebeto Alves – domingo (10) + finalíssima da 38ª Moenda da Canção.
Conteúdo: Fernando Baptista – Jornalista MTB 11635 – Equipe de Assessoria de Comunicação Moenda da Canção – 55 99152-5380.
