Moenda da Canção chega a 36ª edição apostando na diversidade musical

Hoje (11) tem início um dos mais importantes festivais musicais do país. A Moenda da Canção chega a 36ª edição mantendo a característica de abrigar em seu palco ritmos diversos, sem rótulos ou preconceitos.
Até domingo (13) Santo Antônio da Patrulha recebe músicos vindos de todas as partes do Estado e fora dele. Pelo seu palco já estiveram Eraci Rocha, Serginho Moah, José Cláudio Machado, Zé Alexandre, vencedor do The Voice + programa da Rede Globo, passando por novos talentos como Paola Kirst e Juliano Barreto.
Amanhã, 14 composições entre chamame, milonga, canção, candombe, toada e samba, concorrem à premiação máxima. Músicos como Érlon Péricles, Kako Xavier, Giovanni Berti, Samuca do Acordeon, Gustavo Brodinho e Robledo Martins, são presenças garantidas em canções de Mauro Moraes, Vaine Darde, Beto Barros, Martin César, compositores com longa trajetória no festival.
A relação musical da cidade com o litoral e seus ritmos estará representada por Mário Tressoldi, do Grupo Chão de Areia, e os tambores de maçambique dos mestres Cau Silva, Loir Santos e Mário Duleodato.
Nomes da nova geração como Luiza Barbosa, Rapha Madruga, os irmãos Guilherme Suman e Thiago Suman, Lú Schiavo, Clarissa Ferreira e Bruno Coelho também estão confirmados.
Foi pensando na novíssima geração que a Moenda abriu espaço há dois anos para os jovens talentos com a 2ª Moendinha. Os pequenos, e os nem tão pequenos assim, divididos nas categorias mirim e juvenil irão interpretar oito composições do acervo da Moenda na sexta-feira.
Também neste dia ocorre a 12ª Moenda Instrumental que traz renomados instrumentistas como Jonathan Dalmonte, Matheus Alves, Elias Barboza, Paulinho Cardoso, Hilton Vaccari, entre outros, ao palco em seis composições onde duas são classificadas para a grande final no domingo.
“A 36ª Moenda é a celebração da interação de estilos, compositores e instrumentistas poucas vezes vista em nossos festivais. Crescemos com música, mas acima de tudo com as diferenças que somadas transformam a Moenda em algo quase único. E este ano não há de ser diferente. As canções classificadas fazem jus à característica deste festival democrático que acolhe todos da mesma forma. Temos certeza que será um grande evento e esperamos todos para apreciar a boa música”, ressalta o presidente da Associação Moenda Nilton Júnior da Silveira, lembrando que a discografia do festival se encontra nas principais plataformas de música.
Shows
Gilberto Gil, Elba Ramalho, João Bosco, Ivan Lins, Bebeto Alves, Kleiton e Kledir. Os shows também sempre foram diferenciais na programação da Moenda.
Para este ano o Quarteto Coração de Potro, com o show Folcloreando, acompanhado de Orquestra de Cordas e o cantor Cristiano Quevedo cantando sucessos de sua carreira, estão escalados para os shows de sexta e domingo, noite que reserva grande expectativa pois o festival irá homenagear sua 7ª edição. Icônica, ela trouxe para a discografia gaúcha um de seus clássicos. Foi nela que Zé Cláudio Machado imortalizou os versos de Milonga Abaixo de Mau Tempo de Mauro Moraes. Também naquele ano, Serginho Moah despontava no cenário musical gaúcho, cantando Toda Minha Rima de Fernando Corona, edição vencida por Neto Fagundes.
O sábado também reserva emoções para quem acompanhar o show do Tambo do Bando, grupo que está na história dos festivais e que moldou a relação musical campo-cidade de uma geração. Resgatando duas composições já apresentadas na Moenda, Milonga Azul e In terno de Reis, o espetáculo irá fazer uma releitura dos clássicos do grupo além de um pot-pourri da música internacional, brasileira e regional. A formação conta com Beto Bollo, Carlos Cachoeira, Marcelo Lehmann, Texo Cabral, Vinícius Brum e acompanhamento luxuoso de Pirisca Grecco, Paulinho Goulart e Duca Duarte.
A Moenda da Canção está inserida dentro da programação da Santo Antônio em Festa que tem patrocínio Master de Da Colônia, patrocínio de De Mello Alimentos, Arroz Massulo, Qualicoco e Cooperja. A realização é da Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha e da Moenda Associação de Arte Cultura Nativa, produção da R. Morais Produtora e JBA Produções Culturais. O financiamento é do Governo do Estado, através do PRÓ Cultura/LIC-RS. A programação completa pode ser acessada em https://moendadacancao.com.br
A Moenda da Canção
Em agosto de 1987, nasceu oficialmente a Moenda da Canção Nativa (Moenda – Associação de Cultura e Arte Nativa), transformando-se em uma novidade dentro do cenário dos festivais. Afinal, aos poucos, foi se observando que o Litoral Norte tinha algo diferente na musicalidade do Rio Grande do Sul. A descoberta de novos sons e melodias garimpadas e pesquisadas pelos músicos fez ressurgir no palco a música e o folclore regional, resgatando elementos das tradições Afro e Açoriana.
A partir da 9ª edição, já sem o rótulo de Nativa, a Moenda da Canção dá um importante passo na cena musical brasileira e sul-americana: abre-se para todos os ritmos e melodias e torna-se, assim, um festival com espaço para a liberdade de expressão e para o ecletismo, sem preconceitos e pioneiro para o experimentalismo. Além de ser um festival ininterrupto desde 1987, excetuando o ano de pandemia Covid-19, foi pioneira no estado ao criar a Moenda Instrumental, dando também oportunidade para os músicos instrumentistas apresentarem suas composições. Atualmente, a Moenda é um dos maiores festivais de música do Rio Grande do Sul.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Publicidade