Maria Helena Gil Peixoto destaca importância das Cavalhadas serem agora Patrimônio Histórico do Município

O espetáculo folclórico das Cavalhadas passa agora, com assinatura de decreto pelo prefeito Rodrigo Massulo na FENACAN, a se constituir Patrimônio Cultural do Município de Santo Antônio da Patrulha.
Conforme definem as professoras e pesquisadoras Maria Helena Gil Peixoto e sua irmã Rosa Maria e a pesquisadora e folclorista Ana Zenaide Gomes Ourique, a decisão é um grande marco para nossas tradições. “Um projeto que há tanto tempo vem sendo pensado e construído aos poucos. Em 2002, unindo esforços, foi montado o grupo de jovens para a retomada dessa antiga tradição, orientados pelas estudiosas e experientes Ana Zenaide, Rosa Maria e Delfina Zilá.”
EM DEZEMBRO
O espetáculo está programado para acontecer ainda esse ano, no dia 3 de dezembro, no Parque do Sindicato Rural, no Barro Vermelho. A Comissão Municipal de Folclore foi criada em 2022, pelo Prefeito Rodrigo Massulo e a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes é presidida pelo Secretário Sérgio Airoldi e vem se empenhando na arrecadação de recursos para a viabilização dessa grande representação. “Estamos todos muito confiantes!”, comemoram as entrevistadas.
OS CORREDORES
O grupo das Cavalhadas é constituído por doze corredores mouros e doze cristãos. A maioria dos jovens daquela formação de 2002 continua, mas agora somam-se novos cavaleiros. “Merece destacar que não houve dificuldade depois logo aceitaram o convite e ainda, tivemos a iniciativa de alguns que solicitaram para ser corredores. A renovação foi necessária pois alguns deixaram devido à idade, outros por motivos profissionais e ainda, por não residirem mais no município. Infelizmente, o guia mouro Boaventura Cardeal, partiu. Está na Paz”, afirmam.
HISTÓRICO
As Cavalhadas em Santo Antônio acontecem desde 1845, de acordo com “Juca Maciel”, desde o final da Revolução Farroupilha. Em outras épocas, participavam também, corredores de Osório, Glorinha e Gravataí. “É um espetáculo muito bonito porque remete à história da Idade Média, tempo das Cruzadas religiosas, com a luta entre os cristãos e muçulmanos ou maometanos. Os Doze Pares de França, do Rei Carlos Magno, seguidores de Cristo, lutam contra os soldados mouros, do Rei maometano, Desidério. Há a simbologia representada pela estrela de Davi para os cristãos e a lua crescente, para os mouros.
A PAZ
“Mas, o grande significado que a encenação traz, especialmente para Santo Antônio da Patrulha e também para o nosso Estado, é o entendimento, a vitória da união e a luta pelo progresso e a paz. A despedida é emocionante: corredores desfilando lado a lado, vermelhos e azuis, acenando lenços brancos, que se dirigem aos quatro cantos do campo para saudar o público e tiram seus casquetes, em reverência a Deus”, finalizam Maria Helena, Rosa Maria e Zenaide Ourique na entrevista para a FOLHA PATRULHENSE.

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