Até junho do ano passado, Douglas Sokolowski era um jovem, então com 18 anos, cheio de vida e com um futuro promissor pela frente.
Nas foi em naquele mês de 2024, que um acidente no carro em que estava (ele mora em Tramandaí), que cortou boa parte dos seus sonhos, mas lhe preservou a vida: o carro colidiu contra uma árvore e ele dá graças à Deus e aos médicos que o atenderam que conseguiram evitar que ele ficasse tetraplégico. A intervenção dos profissionais da medicina devolveu-lhe parte dos movimentos até ao tórax, mas infelizmente do peito para baixo ele perdeu a movimentação, porque o acidente afetou seriamente a coluna vertebral.
Mas ficou com ele a vida e o sorriso que fez com que ele conversasse conosco para contar o que lhe aconteceu. E um desejo de vir até ao balneário da Lagoa dos Barros foi cumprido no domingo (16/02): com o apoio do guarda-vidas Bruno, ele entrou na água em uma cadeira anfíbia recentemente adquirida através da rede Praia Acessível, que tem como finalidade proporcionar condições de acessibilidade, viabilizando o desfrute do banho de água doce com segurança, conforto e maior autonomia possível a todas as pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.
O QUE É O PROJETO
O Projeto Praia Acessível cresceu e está se transformando em uma grande rede. Conforme o presidente da Fundação, Marquinhos Lang, Santo Antônio da Patrulha foi o 17º município a assinar o termo de parceria para a disponibilização de uma cadeira anfíbia.
Segundo o prefeito Rodrigo Massulo expressou quando da assinatura do documento junto à FADERS há cerca de dois anos, é muito importante a inclusão do município no projeto Praia Acessível que facilita a inclusão de pessoas entre os banhistas, concretizando um sonho que é o de oportunizar aos cadeirantes a chance de poder se banhar nas águas da Lagoa dos Barros.
Para os idealizadores Ricardo Pires e Diego Portal, o projeto pretende, essencialmente, criar uma cultura de respeito à acessibilidade à beira da Lagoa dos Barros e incentivar, cada vez mais, a implementar e manter projetos permanentes de acessibilidade no município, e o mais importante, mostrar que todos são iguais.