Teias de grande extensão foram vistas nos últimos dias pelos campos, incluindo os que margeiam a Avenida Afonso Porto Emerim e também em localidades do interior, causando apreensão à população.
O fenômeno, para muitos, é raro, porém não é novidade, conforme informam biólogos e a coordenação de vigilância em saúde.
Trata-se da época da desova e, com o alagamento dos campos, elas saem das tocas procurando locais mais altos.
Alguns dizem que elas são inofensivas mas, pelo sim, pelo não, o melhor é ter cuidado.
Luiz Rogério Gomes, coordenador da Vigilância Sanitária, preocupou-se com a situação e já na manhã de segunda-feira decidiu adotar providências determinando que as teias fossem extirpadas.
EXPLICAÇÃO
Segundo a Bióloga do Departamento de Meio Ambiente Miriam Santos Borba com a colaboração na identificação da Bióloga Edna de Paula Velhinho, mudanças ambientais extremas ou intermediárias propiciam respostas das espécies da nossa fauna. Atualmente está sendo observado em muitos locais do município o fenômeno chamado popularmente como “baba de boi” ou “aranhas-voadoras”.
FENÔMENO NATURAL
Trata-se de um fenômeno natural típico de filhotes de aranhas chamado de balonismo, frequente após períodos de enchentes. O Balonismo é o nome dado ao mecanismo de dispersão que diversas espécies de aranhas utilizam para se locomover no ar soltando fios de seda para içar voo quando observam ser mais adequado para fugir de pontos alagados, uma vez que normalmente vivem no solo.
SOBREVIVÊNCIA
“Encontramos diversos pontos de balonismo essa semana pela cidade e o que estamos vendo é simplesmente a forma das aranhas fugirem dos alagamentos como estratégia de sobrevivência. As aranhas que encontramos na localidade do Monjolo pertencem a família Lycosidae e se alimentam basicamente de insetos, entre eles: mosquitos e diversas espécies de baratas”, afirmam.
Como explicou depois o prefeito, confirmando o que as entrevistadas afirmaram, é um fato normal. Exemplificando citou Porto Alegre e outros municípios atingidos pela cheia dos rios e que forçaram as baratas a saírem das tocas, causando muito pavor.
Outro problema que as pessoas devem ter cuidado é com a leptospirose (doença causada pela urina do rato). Quem teve contato direto com a água das enchentes, seja tentando se salvar ou prestando socorro a outros e esteve com o corpo exposto (sem uso de macacões especiais, deve ter muito cuidado com as reações que podem surgir. E neste caso, procure um médico imediatamente.
SINTOMAS
Os sintomas da leptospirose são diarreia, dor nas articulações, vermelhidão ou hemorragia conjuntival, fotofobia, dor ocular, tosse; mais raramente podem manifestar exantema, aumento do fígado e/ou baço, aumento de linfonodos e sufusão conjuntival.