Hospital abre bloco cirúrgico para hospitalizar doentes graves

Uma decisão tomada no domingo (27/02), comprova a gravidade da situação provocada pelo agravamento da pandemia: o bloco cirúrgico do Hospital Santo Antônio da Patrulha, da Santa Casa, foi aberto para internação de doentes graves pois a situação está beirando o colapso, tal o volume de pacientes que procuram diariamente o hospital.
A administração do hospital confirmou também que, devido ao alto fluxo de pacientes infectados pelo Covid-19 – com uma média de 115 pessoas procurando diariamente aquela instituição hospitalar em função do agravamento da pandemia – houve um aumento nos leitos para Covid, passando de 17 para 33.
A administração reforça o apelo para que todos tenham o máximo de cuidado, usando máscaras, higienizando as mãos e mantendo o distanciamento social para tentar frear o avanço da pandemia que está sendo mais preocupante do que nunca.
Os administradores Rúbia Wingert e o dr. Joaquim Dellamora Melo apelam encarecidamente para que todos sigam os protocolos sanitários, pois é desta forma que conseguiremos superar essa fase difícil que todos estamos vivendo.
“Estamos com alto fluxo de pacientes. Com a abertura nos finais de semana da Unidade Sentinela, conseguimos melhorar os atendimentos dos pacientes mais graves, especialmente agora com as internações também no bloco cirúrgico”, afirma a administração do Hospital Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia.

UTI

Relativamente à implantação de uma UTI no hospital Santo Antônio, medida que tem sido reivindicada pela população, tanto Rúbia como o diretor técnico, Dr. Joaquim Dellamora, afirmam que “para montarmos uma UTI é, necessário uma estrutura especializada com recursos tecnológicos e técnicos específicos. Não possuímos esta estrutura no momento. Devido a isso, SAP auxiliou na implementação dos leitos da UTI de Osório”. Ambos explicam que não são somente os leitos, mas também são necessários especialistas de diversas áreas, como cirurgiões, intensivistas e neurologistas atuando 24 horas por dia. “O hospital teria que ser de alta complexidade e, devido à nossa estrutura, somos considerados de média complexidade”.
Explica a administração que, para tanto, “o hospital precisaria ser todo reestruturado, e para isso acontecer, deveria haver demanda deste porte por todo o ano e não somente no período de pandemia, uma vez que o custo mensal é extremamente alto”.

PACIENTES JOVENS

Outro fator que está sendo observado é que a doença está num nível mais grave, infectando pacientes mais jovens, sendo que os últimos óbitos se situaram na faixa etária entre os 40 e os 50 anos.
“Acreditamos, principalmente aqui no litoral, que as aglomerações do verão contribuíram muito para este aumento exponencial dos casos. O reflexo das comemorações de Carnaval ainda vamos receber nos próximos dias, pois observamos que a manifestação do vírus se dá durante os próximos 15 dias dos eventos que tiveram aglomerações”, destacam Rúbia e Joaquim Dellamora.
Por isso, reforçam as medidas de higiene como a lavagem de mãos e álcool em gel, bem como o uso de máscaras. O isolamento é a melhor forma de diminuirmos a circulação do vírus, e as pessoas que foram vacinadas ainda não possuem anticorpos contra o vírus, então ele segue circulante, e com mais força devido a esta variação.

ATENDIMENTO NORMAL

Rúbia disse ser importante ressaltar que o hospital está atendendo normalmente, estando contando com o serviço da Unidade Sentinela para poder ser dada atenção mais especializada aos casos mais complexos. Por isso, apela para que a população procure o hospital somente quando tiver sintomas mais graves.

INCENTIVO

Manifestando-se sobre postagens de incentivo nas redes sociais relativamente ao atendimento dos profissionais da saúde no Hospital Santo Antônio da Patrulha e na Vigilância Sanitária, Rúbia Wingert disse ser muito importante esse retorno positivo para que todos se mantenham fortes. “Nossas equipes estão cansadas, trabalhando muitas horas frente a situações muito complexas. Arriscando se contaminar e contaminar as suas famílias. Muitas vezes, estão virando plantões para atender a todos necessitados. Estamos fazendo o máximo. Precisamos que a população nos ajude evitando as aglomerações”, disse Rúbia Wingert.

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