É inegável que a incerteza dos rumos da pandemia continua sendo um tema do nosso dia a dia. E também motivo de certa apreensão ainda, conforme relata a dra. Suzana Montardo Diniz, responsável pela internação e rotina dos pacientes do hospital de Santo Antônio da Patrulha da Santa Casa de Misericórdia. “Infelizmente, observamos um certo aumento na demanda de pacientes suspeitos e confirmados de Covid-19, mesmo alguns deles estando vacinados”.
A médica salienta a necessidade, neste período, de uma atenção especial aos pacientes idosos, pois “mesmo alguns vacinados estão se contaminando, provavelmente em decorrência das festas de fim de ano, nas confraternizações com familiares. Em função disso, estão internando, especialmente aqueles com comorbidades, que já sabemos que podem ter evolução mais complexa e desfechos indesejáveis”.
Dra. Suzana explica que os casos atendidos no Hospital de Santo Antônio da Patrulha são principalmente da terceira idade e obesos e sobrepesos de todas as idades. “São indivíduos cuja questão pulmonar pode evoluir negativamente em virtude do Covid-19. E há também os diabéticos e hipertensos, que com a flexibilização do isolamento devem redobrar seus cuidados no dia a dia para não terem a sua saúde fragilizada”.
Com relação à faixa etária, a médica afirma que os casos variam muito, de acordo com cada perfil, entretanto alerta que “os obesos também devem ter maiores cuidados, porque a obesidade induz a um processo inflamatório crônico”.
De maneira geral, dra. Suzana salienta os cuidados que todos devem continuar mantendo, porque as internações aumentaram muito em todo o Brasil.
Sobre a possibilidade de que, com a chegada do inverno no Brasil, a variante Ômicron possa agravar a situação, ela entende que isso não deverá ocorrer. “Este vírus não respeita a sazonalidade e não agrava no inverno. Há os pacientes que normalmente têm maiores chances de problemas no inverno, como tabagistas e ex-tabagistas”.
A profissional da saúde aconselha que todos repensem a sua postura, fazendo o possível para evitar a contaminação. É importante refletir a respeito do ressurgimento de casos de Covid, vendo o que cada um fez para não se contaminar e o que mudou agora na rotina. “Refletir que, se tenho idosos – mães, pais, avós – em casa, posso sair para festas e, quando voltar, contaminar toda a minha família”. Por isso, salienta a intensificação do uso da máscara, higienização das mãos e, infelizmente, não voltar a socializar até que tudo esteja acabado
Por fim, Dra. Suzana faz um pedido à comunidade, especialmente neste momento em que os casos de Covid tiveram um crescimento: que as pessoas façam doações de fraldas geriátricas, água mineral em garrafa e artigos de higiene pessoal, as quais podem ser encaminhadas diretamente ao HSAP.

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