Search
Close this search box.

Herbert Meregali com mais uma Semana Farroupilha perto do Polo Norte

O patrulhense Herbert Meregali, que há cinco anos mora com a esposa em Oslo, capital da Noruega, volta a ganhar projeção internacional depois que, ao chegar àquele país nórdico, decidiu criar um evento para matar a saudade do seu amado Rio Grande. Foi assim que nasceu o grupo Vikings de Bombacha e com isso, surge a Semana Farroupilha numa região onde nos açougues foi difícil fazer o açougueiro entender para que eles queriam costela, picanha e outras partes nobres do gado e ainda mais, para churrasco, coisa que eles nunca tinham visto.
Mas com certeza, o cheiro da carne assada no acampamento, o som do acordeon e do violão, as músicas gaúchas, chamaram muito a atenção dos descendentes de viking que terminaram conhecendo o que é o chimarrão (água quente?! e em cima de erva?), a caipirinha e um naco de carne assada, suficientes para alterar os hábitos milenares da alimentação de quem prova uma vez e quer repetir sempre… Não tem como resistir!
O texto é de Wiliam Mansque de Zero Hora, com pequenas modificações de data feitas pela redação da Folha Patrulhense, que abraçou a ideia dos Vikings de Bombacha, um grupo gaúcho que trocou o Sul por um dos países mais gelados do planeta:
Um acampamento com aurora boreal: como gaúchos comemoram a semana farroupilha perto do polo norte.
Churrasco, bom chimarrão, fandango e aurora boreal. Foi assim a quinta edição do Acampamento Farroupilha Mais ao Norte do Mundo, realizado no último sábado (14), na zona rural de Oslo, capital da Noruega.
O evento é promovido pelo grupo Vikings de Bombacha, que agrega gaúchos que vivem no país escandinavo. Reunindo cerca de 130 pessoas, a programação oficial do acampamento ocorreu das 10h às 19h, só que o costelão 12 horas já foi para o fogo à meia-noite de sábado. Já o fandango terminou no começo da madrugada deste domingo.
Um dos organizadores do Acampamento Farroupilha – e também capataz do grupo – é o social media Herbert Meregali, 41 anos, de Santo Antônio da Patrulha, que mora na Noruega desde 2019. (Herbert só suspendeu por alguns meses a sua estada na Noruega para assumir a chefia de Comunicação Social da Prefeitura, mas retornou devido à compromissos profissionais assumidos naquele país. Nota da Redação).
Segundo ele, o evento recebeu a visita de gaúchos vindos da Alemanha (uma família veio de Hamburgo de carro, mais de 12h de viagem), Dinamarca, Itália, Inglaterra e Irlanda.
– Foi um baita dia, com sol e temperatura até 16°, em que a Gauchada matou a saudade e relembrou muitas histórias da nossa terra amada – diz Herbert. – O evento é referência para toda a gauchada que vive distante do pago. Neste ano destacamos a presença de novos amigos, vindos de outras regiões da Noruega e do restante da Europa, gaúchos e gaúchas que saíram das suas casas dispostos a compartilhar conosco o amor pelo “Rio Grande Véio de Guerra” – complementa.
Entre os destaques do acampamento, teve acendimento simbólico da Chama Crioula, hino rio-grandense, leilão de faca, mesa de truco e campeonato de laço em rena parada (em vez de vaca). E não faltou baile: contando com dois gaiteiros e um violeiro, a música gaúcha foi constante o dia inteiro, do xote ao chamamé.
Para encerrar, rolou até versão vanerão de um clássico de bandinha, Pegando o Ônibus (“Porto alegre é longe/ tô pegando o ônibus pra te encontrar”), do Musical JM, que ganha um significado especial para quem vive longe do Rio Grande do Sul.
Além de tudo, a gauchada também foi presenteada por um fenômeno natural, como relata Herbert:
– De forma surpreendente, fomos brindados com a presença da aurora boreal, que é bem difícil de ser vista em Oslo nesta época. Um presente de Deus!
Conforme Herbert, a edição do ano que vem já está confirmada. Ele acrescenta que o evento se consolidou no calendário de todos os gaúchos que vivem na Noruega.

Fotos: Vikings de Bombacha

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Publicidade