A futura médica patrulhense Bruna Lourence de Fraga, participa no Hospital de Clínicas de Porto Alegre do grupo de pesquisa Metabolismo e Nutrição do Programa de Pós-Graduação em Endocrinologia da UFRGS, que possui vários projetos sobre diabetes mellitus.
Ela conversa hoje sobre causas que provocam esta doença, no sentido de orientar a todos os nossos leitores que tenham diabetes, ou que estejam propensos à doença, no sentido de que busquem a prevenção caso tenham sintomas que estaremos referindo nesta série de duas reportagens (esta é a última), na Folha Patrulhense.
O índice por sexo de casos letais da doença conforme Bruna Lourence é semelhante entre homens e mulheres, mas as taxas de mortalidade relacionadas à doença são maiores nos homens.
CATEGORIAS
Bruna explica que o diabetes mellitus pode ser classificado em duas grandes categorias:
Tipo 1 ou tipo 2. “O diabetes tipo 1 está relacionado com uma reação autoimune contra as células pancreáticas produtoras de insulina, ou seja, o próprio sistema imunológico de uma pessoa ataca as suas células, gerando uma deficiência de insulina no organismo. Por outro lado, o diabetes tipo 2 tem envolvimento com graus variáveis de resistência à insulina, comprometimento da secreção de insulina e aumento na produção de glicose pelo fígado”.
SINTOMAS
É muito importante que você saiba quais são os sintomas:
Existem alguns sintomas típicos de diabetes causados por grande elevação da glicemia, como urinar em excesso, sentir muita sede, acordar à noite para urinar e beber líquidos, sentir muita fome, perder peso, ter visão turva, fadiga e fraqueza.
“Esses sintomas ocorrem em menor proporção em pacientes com diabetes tipo 2, que muitas vezes não apresentam os sintomas agudos de hiperglicemia, e ocorrem em uma proporção significativa dos pacientes com diabetes tipo 1”, explica a futura médica acrescentando que quando há esses sintomas, é possível estarmos diante da necessidade de assistência médica e, em alguns casos, ser até uma emergência médica. “Nesses casos, o ideal é ser avaliado por um médico no mesmo dia e medir a glicose no sangue. Caso não haja essa possibilidade, é recomendado ao menos realizar um teste de ponta de dedo para avaliar a glicemia capilar”.
Quando a glicemia estiver com valores elevados, por exemplo acima de 200-300mg/dL, – afirma Bruna – o paciente requer assistência médica.
GRANDES RISCOS
Sobre o caso de diabéticos cuja situação é mais grave, pode haver, sim, riscos de amputação, cegueira e por fim, morte.
“O Relatório de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, de 2021, identificou uma prevalência autorreferida de diabetes mellitus de 9,1% dos brasileiros.
PESQUISA
O Serviço de Endocrinologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre está recrutando voluntários para participar de uma pesquisa com intervenção de dieta.
O estudo prevê:
- atendimento individualizado com nutricionistas e médico endocrinologista da equipe de pesquisa;
- exames laboratoriais;
- dieta individualizada;
- consultas presenciais 1x ao mês.
Podem participar adultos, com idade entre 18 e 65 anos, com diabetes tipo 2 e excesso de peso, residentes de Porto Alegre ou região metropolitana.
Interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp através do número (51) 98959-1995.
