FOLCLORISTAS FALAM SOBRE IMPORTÂNCIA EM PRESERVAR AS CAVALHADAS

Programada para ser realizada neste domingo (17), as Cavalhadas, tradicional manifestação folclórica que lembra os momentos épicos da Idade Média das lutas entre mouros e cristãos, está gerando grande expectativa na comunidade e em outros municípios.
O evento a ser realizado no Parque de Exposições do Sindicato Rural em Barro Vermelho, começará às 14 horas com a apresentação das Cavalhadinhas, reunindo crianças e adolescentes.
Após acontecerá o espetáculo com figurantes adultos.
Nesta edição estamos conversando com duas especialistas em Folclore: Zenaide Gomes Ourique e Rosa Maria Gil.
ALEGRIA E ORGULHO, SÃO SENTIMENTOS VIVIDOS POR ROSA MARIA GIL
Para Rosa Maria Gil Gomes, entusiasta desta manifestação folclórica, resgatar as CAVALHADAS é motivo de muita alegria e orgulho. “Venho de uma família de vários corredores, inclusive meu pai. É um espetáculo que encanta pela beleza dos trajes dos cavaleiros Mouros e Cristãos, pelas habilidades dos corredores, dominando seus cavalos nas simuladas batalhas até aos jogos equestres”, explica.
EMOÇÃO
Ela afirma na entrevista que este evento emociona porque é a forma de resgatar nossas raízes, em que vemos nossos familiares perpetuando nos momentos que atravessam séculos: as lutas entre Mouros e Cristãos da Península Ibérica, na Idade Média.
“Acreditamos que a tradição folclórica, que estaremos apreciando no próximo domingo, dia 17/03, foram nossos povoadores açorianos, que trouxeram essa riqueza cultural e outras manifestações”.
COMO ERA O ESPETÁCULO
As Cavalhadas – afirma Rosa Gil eram atração especial nas Festas do Divino Espírito Santo, no Município, seguidas do “Baile dos Corredores”, que acontecia no Império – local apropriado para os bailes e leilões nas festas. Não havia salão Paroquial na época. O prédio em que hoje existe a pizzaria “Sabores da Matriz”, ao lado do Clube Patrulhense, era o antigo Império da Paróquia.
COMPONENTES
Participam do evento 12 corredores de cada grupo representando nas encenações, os Mouros – túnicas vermelhas de veludo, bordadas em dourado, seguidores de Maomé – o islamismo e Cristão – seguidores de Cristo, cristianismo. Esses usam túnica em azul- bordada em prata.
“A realização desse evento vem alertar a importância da união dos Povos, do bem viver com fraternidade, de entendimento, ressaltando a paz!”, afirma a folclorista.
“Na atualidade alguns ” corredores” já fazem parte de cada equipe desde 2002, quando por ocasião da Festa do Divino, em que fomos festeiros, juntamente com casais, outras senhoras, bem como os festeiros de Santo Antônio, nosso padroeiro”, afirma, para prosseguir: “Passaram anos sem que houvesse a encenação, então foi formado um novo grupo com jovens descendentes de antigos corredores. Naquela ocasião seus nomes foram lembrados e homenageados”.
ATUALIDADE
Com a evolução dos tempos houve necessidade de adaptar a duração das Cavalhadas, sem deixar de preservar as etapas mais importantes. Antigamente eram realizadas durante dois dias, passando depois para um dia e desde 2002, vem acontecendo numa tarde.
De acordo com as dimensões do local em que será apresentado o espetáculo, faz- se necessário reduzir para 10 ou 11 corredores, de cada grupo. A edição do próximo domingo contará com 11 pares, a Floripa e os três personagens que atuarão divertindo os presentes.
CAVALHADINHAS
Como não poderia deixar de ser, as Cavalhadinhas se constituem em uma grande alegria para as crianças. Elas se divertem, conhecem a tradição folclórica e são estimuladas para futuramente representar um bom corredor.
“A professora Ana Zenaide acompanhou a então secretária de Cultura Patrícia Ferraz, no governo do prefeito José Francisco Ferreira da Luz, até Pirenópolis – Goiás, para assistir a encenação das Cavalhadinhas. Ficaram encantadas!
Na volta, ao chegarem aqui no Município, formaram um grupo com os pequenos, que frequentavam o projeto da AABB Comunidade”, conta Rosa Maria, acrescentando que ali estudaram, ensaiaram e devidamente caracterizados como Mouros e Cristãos, realizaram o grande espetáculo, que aconteceu na comunidade da Vila da Cohab.
Desde então vem aos poucos, tentando-se reorganizar esse espetáculo com mais crianças, dando continuidade ao interessante projeto.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Publicidade